Imagem e Reportagem: Marcos Delamore
Na 16ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Ouro Preto, os familiares de Íris Magno, desaparecida desde o dia 18 de fevereiro na cidade histórica, solicitaram o espaço de Tribuna Livre para pedirem mais esclarecimentos sobre as investigações do caso e reforçar as buscas pela mulher.
Os irmãos de Íris, Silvestre Tomás da Silva e Tobias da Silva, ressaltaram o pedido de informações sobre o andamento das diligências, por parte da Polícia Civil de Minas Gerais, e agradeceram o apoio das autoridades municipais durante o processo inicial de análises.
Silvestre expôs a dor e sofrimento da família diante da ausência de informações. “São 23 dias de muito sofrimento para a minha família e para a família do Joaquim Moura (companheiro de Íris). Ele está com a mãe e o irmão internados e, também, com a esposa desaparecida. Ouro Preto está uma insegurança fora do comum. A Guarda Municipal precisa de melhorias para atender a sede e os distritos. Precisamos da instalação de outros dispositivos de videomonitoramento em vários pontos da cidade”, destacou.
Ele ainda mencionou que essas melhorias podem impedir que novos casos de desaparecimento ocorram na cidade. “Isso que aconteceu com minha irmã, eu não quero que aconteça com outras mulheres. Eu quero que a Câmara e as demais autoridades nos apoiem nesse momento”, disse Silvestre.
Tobias da Silva, emocionado, revelou o sentimento após o desaparecimento da irmã. “Onde ela está? É muito difícil para nós da família, os amigos e a comunidade do Morro São Sebastião. A gente pede a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal que nos ajudem. Isso dói muito no coração. Onde está Íris? Onde está Íris?”, expressou.
Os vereadores de Ouro Preto manifestaram solidariedade e sensibilidade para com a família e apontam que ações de segurança pública estão em constante avanço. Vantuir Silva (Avante), presidente da Câmara, reforçou a importância de auxiliar os familiares de Íris. “A Câmara está à disposição para ajudar naquilo que for necessário e possível”, comunicou.
O vereador e presidente da Comissão de Direitos Humanos, Kuruzu (PT), indicou que uma reunião foi realizada entre os familiares, a comissão e os delegados responsáveis pelos procedimentos, e trouxe novas atualizações sobre o caso. “Toda a tecnologia disponível para encontrar Íris foi utilizada na área. O delegado nos informou que, até o momento, não existe crime. Nós esperamos que não tenha havido um crime. Quem tiver mais informações, que a preste com qualidade e informe a verdade, porque isso vai ajudar no processo investigativo”, afirmou.
O presidente da Câmara também informou que irá pedir providências sobre o caso e que os representantes da Casa irão acompanhar, junto às autoridades e à família, os desdobramentos da investigação.