UMA DAS COISAS mais desagradáveis da vida moderna é o resultado da péssima combinação álcool e volante. Em qualquer época: período de carnaval, festas promocionais, comemorações de grande expressão, aniversários, casamentos e outros acontecimentos de grande vulto – ocasiões em que o uso de bebidas alcoólicas é intenso – as consequências podem ser terríveis para muitos motoristas que se aventuram em dirigir sob o efeito etílico. Para tais eventos é normal o deslocamento das pessoas de um lugar para outro, especialmente dos grandes centros urbanos para o interior, em viagens de lazer e de comemorações. A bebida é um ingrediente rotineiro nestas situações, seu uso, com a necessidade da direção de veículo não podem acontecer juntos. Os resultados podem ser desastrosos, fatais.
A expressão costumeira: não beba antes de dirigir e, se beber, não dirija é verdadeira e protecionista. Oxalá, todos nós nos convençamos de sua alta significação para a defesa de nossas vidas, quando estamos ao volante.
O ÁLCOOL É O PRIMEIRO responsável (49%) do atendimento nos centros de toxicomania da capital. Li recentemente que: a)Depois de beber três latas de cerveja ou dois copos de vinho, o tempo que o motorista leva para pisar o freio numa emergência é de três vezes maior do que o de uma pessoa sóbria (pra este 0,6 segundos é o tempo de reação do condutor, para o bêbado, dois segundos é o tempo de reação); b)Assim que entra na corrente sanguínea, o álcool provoca efeitos em todo o organismo, como irritação no estômago e no intestino, além de deprimir o sistema nervoso central, gerando sonolência, confusão mental, diminuição dos reflexos e intensificação das emoções; c)O cérebro não volta ao normal imediatamente, o efeito rebote da bebida deixa a pessoa irritada, inquieta e ansiosa; d)Quem bebe muito pode desenvolver doenças cardíacas, hipertensão, hepatite, cirrose, gastrite, além de câncer de estômago, fígado, entre outros.
O limite de grau alcoólico para motoristas no Brasil é de 0,6; no Japão a tolerância é “0” (zero). O mais importante é a consciência prévia de que álcool não combina com volante, nunca! Nas festas encontros e outros lugares onde a bebida corre mais solta, se faz necessário voltar para casa de táxi. A aventura no volante não é e nunca foi aconselhada, especialmente sob o efeito alcoólico.
O ATO DE DIRIGIR “pode ser considerado como uma situação que exige um alto grau de responsabilidade. Exige do motorista um estado físico e mental, perfeitamente ajustados. O álcool altera o equilíbrio orgânico e emocional. É sabido que afeta todas as células do organismo e age mais intensamente nas células cerebrais. Isto traz, logicamente, alterações no comportamento. Melhor prevenir que remediar.
A ingestão de álcool é um processo que não requer digestão, porque é absorvido diretamente pela corrente sanguínea. Este processo coloca o motorista em situação de debilidade no julgamento de suas decisões. O álcool é responsável inclusive por uma onda imensa e crescente e crimes em nossa sociedade atual”(Edésio de Gouveia Neto, em “Conselhos”).
No momento vivemos uma pandemia, mas os acidentes continuam acontecendo muitas e muitas vezes provocados justamente pelo motorista estar alcoolizado.