Imagens: Redes Sociais programa Pró-Comunidade
Por: Victória Oliveira
No último domingo (09), a comunidade de Maciel, sub-distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto, comemorou a reinauguração da Associação Comunitária de Artesãos e Agricultores de Maciel. As obras foram realizadas por trabalhadores da própria região, com recursos da emenda parlamentar do deputado federal Patrus Ananias (PT), distribuída pelo programa Pró-Comunidade, da Secretaria de Governo da Prefeitura de Ouro Preto.
O evento de reinauguração contou com a presença de moradores, membros da associação, do prefeito, Angelo Oswaldo, da vice, Regina Braga, Yuri Borges, secretário de Governo, e do presidente da Câmara de Vereadores, Vantuir Silva. O local, que já funcionou como escola, agora poderá ser utilizado para atendimentos de saúde, encontros comunitários, reuniões, festas e eventos culturais.
“Essa reforma foi muito importante pra gente porque é um espaço que a gente usa muito, e é muito necessário aqui pra comunidade. É onde a gente encontra, é onde a gente faz nossas reuniões, nossas confraternizações, e a gente está muito satisfeito com o resultado final da reforma”, afirmou a presidente da associação, Quênia Dias.
“Maciel ficou conhecida no Brasil inteiro pela qualidade do seu artesanato. É um trabalho muito bonito que é feito pela comunidade, e agora ganha um Centro Comunitário à altura desse trabalho que a sua população realiza, e que todos construíram juntos com apoio da Prefeitura”, ressaltou Angelo Oswaldo em depoimento nas redes sociais.
Maciel: Da Carvoaria ao Artesanato Sustentável
A comunidade de Maciel, antes dependente da atividade de carvoarias, viu esse trabalho ser extinto em 2006. O trabalho era considerado insalubre e de grande impacto ambiental, mas ao chegar ao fim, deixou na incerteza muitas mulheres da região, que até então dependiam dessa renda.
Em 2003, um galpão foi doado ao vilarejo para incentivar o artesanato, levando à criação da Associação Comunitária de Artesãos e Agricultores de Maciel (ACAAM), que busca impulsionar um desenvolvimento sustentável. Desde então, o foco se voltou, principalmente, para a produção com retalhos de tecidos, um processo que revelou o potencial criativo das artesãs locais. Hoje, o trabalho, que começou apenas como a produção de colchas, foi ampliado para bolsas, almofadas e utilitários, consolidando o artesanato como alternativa econômica e coletiva da comunidade.
