Imagem: Prefeitura de Ouro Preto
Por: Marcos Delamore
A Cidade Patrimônio Mundial amplia o número de museus no município. A criação do Museu do Judiciário do Estado de Minas Gerais, no centro histórico de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, visa a preservação da história do Judiciário e difusão de sua memória, além da promoção do turismo local.
Na última segunda-feira (2), o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV), e o chefe de gabinete, Zaqueu Astoni, se reuniram com o desembargador e superintendente da Memória do Judiciário Mineiro (Mejud), Osvaldo Firmo, e a coordenadora da Memória do Judiciário, Andréa Costa Val, para anunciar o novo projeto.
O Museu do Judiciário Mineiro será instalado no prédio setecentista da cidade histórica, situado na Rua Conde de Bobadela, próximo à Praça Tiradentes. O local pertenceu ao tenente-coronel e inconfidente Francisco de Paula Freire de Andrade e foi sede do Tribunal da Relação de Ouro Preto de 1874 a 1897.
Em 2023, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, por meio de um decreto estadual, desapropriou o imóvel, declarando-o como de utilidade pública e para fins de implementação de um espaço de fomento à história, arte e cultura em Ouro Preto. A construção, que remonta ao século XVIII, também se destaca por suas características arquitetônicas e por ter sido sede de encontros dos inconfidentes durante a Conjuração Mineira, descritos nos Autos de Devassa da Inconfidência.
A localização do prédio histórico, cujas imediações apresentam igrejas, praças e monumentos, denota um significado grandioso para o espaço e promove um intenso valor cultural para a população ouropretana e para os brasileiros, de modo geral.
Berço de revoluções e de conquistas para o Brasil, Ouro Preto tem raízes e tradições históricas que modificaram o entendimento e a interpretação da Justiça. Muitos indicam que, entre o singular conjunto arquitetônico e urbanístico da cidade, estão as origens da justiça em Minas Gerais. O potente interesse público revela a inesgotável fonte e relevância histórica do município mineiro.
O imóvel de aproximadamente 800m², além de receber o acervo para o espaço museal, irá abrigar biblioteca, espaço para exposições, cafeteria e loja de conveniências.
Imagem: Acervo Iphan