Imagem: Samuel Souza
Operação em Minas Gerais utilizará equipamentos autônomos e não vai gerar rejeitos, dispensando o uso de barragens
A Vale iniciou o comissionamento do Projeto Capanema Maximização, localizado a 80 quilômetros de Belo Horizonte, entre os municípios de Santa Bárbara, Ouro Preto e Itabirito, em Minas Gerais. A unidade integra o Complexo Operacional da Vale em Mariana e visa adicionar aproximadamente 15 milhões de toneladas por ano (Mtpa) de produção de minério de ferro. A operação será a umidade natural, sem adição de água no processo e sem a geração de rejeitos, eliminando a utilização de barragem de rejeitos. “Estamos retomando a operação na mina Capanema com práticas seguras, eficientes e sustentáveis. Capanema produzirá sinter feed com baixo custo e sem geração de rejeitos. A mina utilizará caminhões autônomos, trazendo maior segurança e reduzindo as emissões de CO2 da operação”, destaca Gustavo Pimenta, Presidente da Vale.
Capanema vai ampliar a produção a umidade natural da Vale. Este tipo de operação, também conhecido como processamento a seco, já responde por mais de 70% de toda a produção de minério de ferro da empresa no Brasil. O método possui menos etapas de produção, com menor impacto ambiental, além de eliminar a necessidade de água no beneficiamento do insumo e não gerar rejeitos.
Para a retomada da operação, foram realizados investimentos para reativação da mina Capanema. Houve, ainda, a implantação de um sistema de transportador de correia de longa distância (TCLD) para transporte do minério de ferro produzido em Capanema até Timbopeba, no município de Ouro Preto. O TCLD foi montado em área interna da empresa, conectando as unidades e reduzindo o tráfego de caminhões na região.
Também foram realizadas adequações no pátio de estocagem de produto e carregamento do terminal ferroviário de Timbopeba, para escoamento da produção pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) até o Porto de Tubarão, no Espírito Santo.
Aproximadamente 40 empresas e mais de 6.000 trabalhadores atuaram no pico das obras, com priorização de mão de obra local. A Vale também promoveu oito cursos de capacitação profissional para as comunidades vizinhas ao empreendimento.
A inovação também está presente no Projeto Capanema. Toda a frota de caminhões fora de estrada da unidade será autônoma, promovendo maior segurança e eficiência na operação. A automação de processos, além da integração das minas do Complexo Mariana via TCLD, permitirá uma redução de emissão de 160t CO2e por ano, o que representa a emissão de 127 carros populares anualmente.
O projeto representa um passo importante para a Vale alcançar o guidance de produção de minério de ferro de 340-360 milhões de toneladas (Mt) em 2026, adicionando flexibilidade às operações e ao portfólio de produtos da empresa.
