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Carta aos Tempos
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O Brasil e o mundo buscam em Belém salvar a Humanidade

Mauro Werkema

Para buscar medidas capazes de conter ou minimizar o impacto destrutivo da crise climática, que ameaça a vidas de todos os seres vivos do mundo, estão reunidos em Belém do Pará mais de 160 países, na COP-30. Tentam obter consensos sobre questões essenciais para conter a evolução dos multi-fatores que alteram o equilíbrio climático do mundo e são responsáveis, conforme amplo consenso científico internacional, pela alteração das condições físico-químicas ambientais, o aumento da emissão de gases de estufa que sustentam o clima e a temperatura mundiais, a acentuada produção de gás carbono, a destruição de coberturas vegetais, a alteração dos cursos de rios, as ocupações urbanas desordenadas, a poluição do ar e das águas e muito mais. E que, a cada dia, se agravam.

O problema maior é que tais vetores que causam e aceleram a poluição ambiental mundial ainda geram controvérsias e até negativas, como fez na última conferência da ONU, o presidente dos Estados Unidos. E que se retirou do Acordo de Paris quando foram estabelecidos os parâmetros a serem observados por todos. Outros países, mesmo alguns mais ricos, ainda se negam a contribuir com os fundos financeiros internacionais indispensáveis para o investimento em eliminação ou redução das fontes poluentes, já identificadas e conhecidas pela pesquisa cientifica que se revela confiável, aprofundada e com indicações concretas sobre as fontes poluentes que aceleram a crise climática em evolução.

“Ainda temos tempo”, é a indagação básica e essência que se apresenta à reflexão de todos os países e todas as instituições que têm diretas ou indiretas participações na questão. E até mesmo aos cidadãos conscientes desta gravíssima questão, certamente a mais grave ameaça a todo o planeta, em toda a sua longa existência. É fato, comprovado pelas ocorrências climáticas que acontecem em todo o mundo, que é fundamental a adoção de iniciativas solidárias mundiais para conter, com urgência e eficácia, com abrangência universal, a escalada da destruição do meio ambiente, sob pena de atingirmos um limiar crítico que poderá não ter retorno ou tornar mais caras e difíceis as providências necessárias.

Enfim: ou o mundo reage agora, de maneira solidária e universal, ou pode ser que não tenhamos mais tempo para medidas ainda eficazes para impedir a destruição mundial. O tempo, enfim, é agora e urgente, exigindo união e cooperação internacional, com solidariedade, ações concretas, recursos financeiros e participação solidária nos esforços internacionais para removas fontes e fatores da poluição ambientas e destruição do equilíbrio climática que permite, até hoje, sobrevivência da vida no Planeta Terra. É o quer dizem as mais respeitáveis opiniões científicas e o que as múltiplas ocorrências ambientais vem demonstrando. E sobre as quais não há dúvidas objetivas, mas apenas posturas políticas ou de um negacionismo obscuro.                                 

Eis a questão maior que se coloca para todo o mundo reuni do em Belém do Pará, sob o patrocínio do Brasil, em plena floresta amazônica, ao lado de portentosos rios, com solo riquíssimo e sob cobiça internacional, territórios indígenas que resistem à ocupação criminosa de garimpos predatórios. E sob o impacto de ocorrências climáticas graves que já se apresentam em diversas regiões deste imenso e diverso Brasil. É hora de todos os países negociarem um compromisso universal de enfrentamento da crise climática, enquanto ainda temos tempo. O Brasil cumpre seu papel, investiu na preparação da COP, atraiu o mundo para a Amazônia     e a abriu para os olhares do mundo.

Esperamos todos, o Brasil e o mundo, que prevaleçam consensos mínimos e que o negativo exemplo dos EUA, ausente do encontro e que, pela segundas vez, se retira do Acordo de Paris, não impeça a elaboração de acordos e iniciativas. Maior poluidor do mundo, país mais rico do mundo, foge de suas responsabilidades, isolando-se deste esforço universal de salvar o Planeta Terra de consequências terríveis que podem comprometer a sobrevivência de todos. E neste grau de preocupação que se coloca hoje a questão ambiental, a exigir ampla solidariedade e consciência humanista pois, afinal, está em jogo a vida de todos. O Brasil, sem dúvida, dá o seu bom exemplo. 

*Jornalista e historiador ([email protected])

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