Professores da rede municipal de Mariana voltaram a participar da reunião de vereadores para pedir apoio dos edis no diálogo com a prefeitura da cidade em tentativa de regularizar a carga horária dos docentes. O encontro aconteceu na segunda-feira (27) e contou com a presença de representante do Sindicato dos Servidores Municipais, professores e também uma comissão com representantes do executivo.
O executivo enfatiza que está aberto ao diálogo com a categoria, somente para discutir o novo plano de cargos e salários. Segundo a secretaria de educação, Juliana Alves Ferreira, os dias dos professores que estão em greve serão cortados. A proposta foi rejeitada pelos vereadores.
Os professores estão em greve desde o dia 16 de outubro e se sentem prejudicados com a carga horária desde 2014. O sindicato tenta, desde então, rever a situação com o executivo, mas foi preciso entrar na justiça para garantir o direito dos docentes. A legislação afiança que o professor tenha carga horária distribuída em 2/3 com alunos e 1/3 sem alunos, essa última para preparação da aula e de relatórios. “Na implantação do plano, a carga horária dos professores aulistas, do 6º ao 9º ano e o ensino médio, aumentaria 80%, tendo como contrapartida 2% de acréscimo salarial. Lembrando que a carga horária de 2/3 e 1/3 é determinada pela Lei Federal do piso nacional do magistério”, explica o professor e diretor do SindservMariana, Luiz Salles Júnior. Ele ainda pontua que a prefeitura descumpre decisão judicial, fazendo horários alternativos, prejudicando assim, os alunos e ameaçando contratar substitutos para os grevistas.