Mauro Werkema
O crescimento do turismo, que se manifesta em todos os destinos e atividades de maior atratividade, é acontecimento auspicioso e muito saudável quanto aos seus resultados sócio-econômicos. E esperamos que não seja fenômeno temporário, ainda resultante de mais de dois anos de paralisia, com a epidemia, que quebrou e fechou hotéis, restaurantes, agências de viagens e demais atividades correlatas. O que é importante, face a esta nova realidade, especialmente para os destinos turísticos de maior procura e que já sentem os benefícios da atividade aumentada, é que realizem estudos que possam prolongar, senão incrementar, os fluxos de visitantes.
O turismo é, no mundo contemporâneo, atividade muito desejada e incrementada pelos seus resultados mas, e especialmente, por sua característica econômica de produzir resultados rápidos e quase imediatos pela atividade de sua cadeia de serviços, na hotelaria expandida para novas formas de hospedagem, na alimentação também hoje variada e com maior oferta, na agências de viagens e atividades de apoio, no comércio de presentes e lembranças e até nos atrativos turísticos e culturais, museus, igrejas, parques naturais e muitos outros, com a oferta também aumentada conforme as inúmeras demandas dos nossos dias e seus diversos públicos.
Então, cabe ressaltar, é hora de os destinos garantirem qualidade nos destinos, aprimorando o chamado turismo receptivo, que cuida das ofertas, da sua disponibilidade, manutenção, preservação e toda um conjunto de diferenciais de competitividade, boa orientação e confiável informação. E, especialmente, preços justos. Turismo está no ramo de serviços em que a qualidade dos atendimentos é fundamental para a obtenção da satisfação do cliente e fazê-lo retornar. E para isto não basta a excepcionalidade dos destinos e seus atrativos mais sim a qualidade dos receptivos nos diversos momentos.
É hora de pensar como refinar para melhorar toda a prestação de serviços, na comunicação promocional, o composto do chamado turismo receptivo, na orientação ao visitante no contexto urbano, garantia de guias locais e boa informação nos atrativos, limpeza pública e segurança pública. Não é tarefa fácil, exige recursos humanos qualificados, treinamento contínuo, adequação de serviços públicos na boa recepção e orientação a visitantes, entre vários outros fatores que devem ser verificados quanto à qualidade da sua oferta. A qualidade do serviço prestado, e todos os receptivos, é que garante a satisfação do cliente e estimula o seu retorno.
O turismo está hoje atraindo muito mais visitantes. Vivemos a época da informação competitiva entre os muitos destinos. E assistimos também a época do asfalto e do carro, propiciadores do fenômeno da “fuga do urbano”, propiciando, sobretudo, viagens mais curtas. Por outro lado, vivemos, com relação a Minas Gerais, um crescimento extraordinário das ofertas turísticas, de diferentes destinos e atrativos diversos. Minas hoje desponta nas diversas modalidades de atrativos, na gastronomia, onde estão o queijo, o vinho, a cachaça, a revalorização da culinária mineira, as tipicidades regionais.
Temos cidades históricas, monumentos raros, parques naturais, lagos montanhas, cidades criativas e muito mais. E são atrativos também a cultura popular e folclórica, a diversidade do “saber viver” mineiro.
Central no mapa brasileiro, com seis fronteiras, centralizada entre os três maiores centros emissões de visitantes e eventos, Rio, São Paulo e Brasília, com competitividade de custos e transportes, Minas Gerais assiste hoje um crescimento do turismo. Mas é importante avaliar toda a cadeia receptiva para garantir qualidade e satisfação dos clientes e garantir a continuidade dos fluxos turísticos.
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