A Mantiqueira Transmissora de Energia SA se tornou foco de discussão após o anúncio de obras na região de Lavras Novas, que foi tema de matéria do jornal O LIBERAL, em abril deste ano.
O projeto é contestado pela ONG ambientalista Serra do Trovão, e acerca dos posicionamentos divulgados em O LIBERAL, a empresa informa que a Mantiqueira Transmissora de Energia SA, responsável pela instalação de linhas de transmissão de energia elétrica, é vencedora do Leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) 005/2015. A empresa celebrou contrato com a ANNEL e a União Federal, e será a responsável pela instalação de linhas de transmissão ao longo de 211 km de extensão, ligando a Subestação (SE) Itutinga à Subestação de Barro Branco, passando pelas Subestações de Jeceaba e Itabirito2, todas localizadas no estado de Minas Gerais.
Uma das localidades possíveis em que essa linha irá passar é a comunidade da Chapada, próxima a Lavras Novas. Na edição 1287, o jornal O LIBERAL divulgou uma matéria sobre o fato e relatando uma reunião entre representantes da empresa, do município e do distrito, ocorrida no dia 17 de abril. Nessa edição, foi veiculado que o IBAMA reprovou o traçado preferencial, o que não é fato, visto que não houve uma negativa por parte do órgão, pois o processo de licenciamento ambiental ainda encontra-se em análise pelo IBAMA. A empresa ainda reforça que os engenheiros da empresa não deram qualquer declaração dessa natureza.
Em abril deste ano, a Mantiqueira promoveu audiências públicas em Resende Costa e Ouro Preto, quando apresentou o projeto e os estudos ambientais realizados, bem como esclareceu as dúvidas apresentadas. Durante os encontros a empresa colheu dados para incluir nas etapas do pedido de licenciamento ambiental.
Como os moradores da área onde as torres passariam se mostraram contrários ao projeto, a empresa estuda alternativas para o traçado da linha de transmissão. Desta forma, não ficou definido os tamanhos das torres e a previsão é de que quatro torres sejam instaladas, e não 10, com 50 metros de altura, como informado anteriormente.
A empresa frisa que empreende esforços para adequar as obras aos anseios da comunidade, por meio de um “diálogo aberto com a população e representações do poder público local (…) com o objetivo de achar uma solução com o menor impacto socioambiental possível”.