“Alma em Desancanto” revela o triste desfecho de mais de 60 anos dedicados à Sociedade Musical União Social
A dedicação à Sociedade Musical União Social, de Cachoeira do Campo, resultou na publicação do livro Alma em Desencanto, do escritor Nylton Batista, colunista do jornal O LIBERAL. A obra é uma narrativa de uma história de vida, e o desabafo de vivência de mais de 60 anos do autor na associação. Nylton revela os problemas vividos, principalmente nos últimos dois anos da sua trajetória na Banda e os impasses que resultaram em sua saída.
Traição, desavenças e mentiras embalam esse drama, que foi lançado em março deste ano. Por 18 anos na administração da Banda, o autor relembra os fatos que impactaram a sua vida. “Foi roubado parte do meu projeto de vida. Fui roubado. Uma trama de mentiras que no fim resultou na minha expulsão, pois foi isso que aconteceu. O que eu tentei foi combater a indisciplina, apoiando a ordem interna. Mas infelizmente, fui traído. Pessoas que se diziam amigas, frequentavam minha casa, montaram uma armação que culminou na minha expulsão”, relembra entristecido.
Segundo o autor, o livro tem como objetivo revelar a realidade dos fatos, que seja conhecida em toda região. “O livro é uma defesa da minha imagem. Agora, livrei, com o livro, e sempre livrarei a imagem da associação, que não teve nada a ver com isso. Os que me expulsaram foram três elementos com a cobertura dos rebeldes, que já tinham saído da associação”, enfatiza Nylton.
Trajetória
Desde criança Nylton é apaixonado pela literatura, pela escrita. Desde jovem publicava textos na revista do Colégio Dom Bosco, onde estudou. Tempos depois começou a escrever para o jornal da Prefeitura de Ouro Preto, por volta de 1975. “A partir daí começaram a surgir oportunidades em jornais da região e comecei a publicar uma coisa ou outra”, relembra.
Já a sua história com o jornal O LIBERAL, o escritor conta que foi pouco tempo depois da inauguração do semanal. Ele recebeu um convite do fundador, Dyrceu Noronha, e após algumas conversas, desde então, já se vão quase três décadas de colaboração. “O jornal me permitiu um espaço para que eu ficasse conhecido. Fico satisfeito por colaborar com algo”, comemora.
Nylton já publicou três livros. Entre eles um que conta como é o cotidiano de uma Banda Musical, “bem diferente de tudo que ocorreu recentemente”, faz questão de enfatizar.
Para o colunista, “escrever é vida, é parte da minha personalidade. Uma maneira que temos de expressar os sentimentos, o que pensamos”. Já sobre a perspectiva do livro, Nylton destaca que “nós precisamos de lealdade. A sociedade está ficando muito mesquinha. Que as pessoas sejam mais sinceras”, encerra.