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Ponto de Vista do Batista
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Sejamos conscientes e não manipulados

Por Nylton Gomes Batista
Não é necessário ser cientista político, um especialista no assunto; talvez, melhor mesmo não ser, porém estudar, analisar e dissecar a política partidária, completamente isento, neutro, como se nunca tivesse sido parte do sistema, para chegar à conclusão de que partido político, seja ele qual seja, é um mal para a coletividade. Não é fácil porque, sendo muito grande a carga doutrinária em torno de partidos, disseminada e manipulada há centenas de anos, o inconsciente coletivo está armado de escudo defensivo contra qualquer ideia diferente daquilo que as lideranças sempre almejaram. Isso acontece, desde que vencido o absolutismo coroado, foi adotado o sistema de governo via parlamento, neste concentradas as decisões, ou, divididas com o executivo. 
No sistema monárquico absolutista, o poder continuava com base na hereditariedade, passando de pai para filho/filha ou mãe para filho/filha. A evolução mental e política levou a coletividade ao questionamento do poder coroado que, de alguma forma, deveria ser dividido com o “povo”. Surgiu então o parlamento, eleito pelo povo como seu representante, passando o poder a ser dividido com o monarca e, posteriormente, concentrado no primeiro ministro. Foi aí que surgiu a ideia dos primeiros partidos. Segundo o site https://caracteristicas.pt/partidos-politicos/ “os partidos políticos são entidades criadas para estimular a participação democrática dos cidadãos de um país e servir como representantes e organizadores daqueles que compartilham seus objetivos políticos, interesses e valores, bem como sua visão de sociedade. Seu principal objetivo é propor candidatos a cargos públicos eleitos pelo voto popular, aos quais ofereçam apoio eleitoral.” 
Isso é o que tem sido dito ao povo. Ao contrário, desde seu surgimento, o objetivo principal dos partidos é a disputa pelo poder, valendo-se de eleições (participação democrática dos cidadãos); querem o poder, anteriormente, nas mãos do rei e que dizem ser do povo; querem se perpetuar no poder, tal qual o monarca anteriormente e, se possível, “caciques” do partido terem como sucessores seus descendentes. Assim formam as oligarquias (governos de poucos), um pouco mais que as monarquias (governos de um). É dito que, no Brasil, uma oligarquia governou até 1930, mas, na verdade, disfarçadamente, de uma passou a algumas, que se alternam no poder. Veja-se que são as mesmas figuras de sempre, sucedendo-as os filhos e netos. Se, eventualmente, alguém fora do esquema sobe ao poder, aí, o pau quebra. Alguma relação com a situação atual? 
Para a Câmara dos Deputados são eleitos centenas de candidatos, mas somente alguns se sobressaem; são os do esquema, que “nunca largam o osso”, se não para alguém do seu DNA. O restante é o chamado “baixo clero”, com pouca ou nenhuma atuação, uma espécie de coro para acompanhar cantores em destaque. Não lhes é dada muita atenção, a não ser quando deles necessitam para votação importante. Entre os atuais 513 deputados, somente 27 foram eleitos pelo voto direto em seus próprios nomes, e, entre esses ainda se contam os chamados “puxadores de votos”. É o artista de televisão, o palhaço, o comediante, o jogador de futebol, às vezes, sem nenhum preparo para o exercício do cargo, mas indicados por partidos. Se eleitos e vão “engrossar o caldo” em favor do respectivo partido. Os demais 486 deputados são – com o perdão da comparação – detritos carreados pela enxurrada de votos descarregada nos 27, incluindo-se os “puxadores de votos”. Projetos de interesse do povo podem ser derrubados com os votos desses deputados, por orientação de seus respectivos partidos. Só mesmo um trouxa acredita que os deputados representam o povo! Só mesmo um trouxa acredita que isso seja uma democracia! A Câmara dos Deputados formada dessa forma é um achincalhe, é um insulto ao povo, é dizer que somos todos ignorantes. Quando algum deles extrapola os limites, mete os pés pelas mãos, defensores desse sistema corrupto ainda têm a ousadia de dizer que o eleitor não soube votar. Ele vota entre os candidatos apresentados pelos partidos. Então, por que ele é o culpado? O eleitor brasileiro deve estar consciente de que sua participação não é somente votar, votar em candidatos apontados por terceiros para, depois, ser apontado com culpado pelos erros do político. Sua participação deve ser efetiva, começando pela abolição dos partidos, seguida da implantação da DEMOCRACIA ABERTA. 
PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!
nbatista@uai.com.br

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