O Liberal
Últimas Noticias
Ponto de Vista do Batista
5 min

Partidos políticos entravam o país

Por Nylton Gomes Batismo
Conforme já dito em outra ocasião, estamos em transição na forma como se conduzem as atividades humanas, e, uma das mais impactantes mudanças, já em curso, é a “eliminação” da figura do intermediário. Em praticamente todos os setores há a figura do intermediário, que encarece e retarda o atendimento ao consumidor ou usuário. 
Em sua primeira fase, a web 1.0, a internet era via de mão única, mas por ela passou-se a obter informação mais rápida e direta; posteriormente, veio a web 2.0 (na qual ainda estamos), trazendo a interação, que permite ao usuário (não mais internauta) executar inúmeras ações e exercer outro tanto de atividades, sem ter que se deslocar de casa. Compras, vendas, emissão de documentos, programação de viagens, por exemplo, tornaram-se ações corriqueiras, na internet; a pandemia, embora triste e trágica, apressou a adoção, por parte de muitos órgãos e empresas, do trabalho de escritório, a partir de casa. O mercado de livros, que ainda tem a indústria da editoração entre o autor e o leitor, já existe sem aquela intermediária. O próprio autor edita sua obra, contando para isso com plataformas online, que tudo lhe facilitam. Não está longe o dia em que as editoras tradicionais deixarão de existir! Os bancos, para os quais corriam rios de dinheiro, sob a forma de taxas de intermediação de pagamentos, estão a perder a mamata com o surgimento do Pix! O produto da Casa da Moeda conta, agora, com a forte concorrência das criptomoedas, virtuais, livres da inflação e de falsificação impossível. 
Essa transformação, nem imaginada até poucos anos atrás, será acelerada com a chegada da web 3.0. Ao contrário da web 2.0, na qual o usuário está mais vulnerável, exposto à publicidade desenfreada com base nos dados coletados, na web 3.0 ele terá mais controle sobre seus dados. Na web 2.0, agora, por exemplo, enquanto digito este texto, sou bombardeado por anúncios de determinada indústria, da qual, há poucos dias, adquiri um produto. Isso é possível graças à centralização, que reúne grandes bancos de dados das bitechs, fonte de informações na qual se alimenta o mundo publicitário operante na web. Na web 3.0, todo o sistema é descentralizado. Segundo o que se anuncia, o usuário estará mais seguro e senhor de si; de certa forma, passará de caça a caçador! 
Por aí, percebe-se que, na descentralização e nada de intermediários, está o futuro das atividades humanas. Percebe-se também que algo está a sobrar e que precisa ser afastado do campo político, para que toda a coletividade se integre à prática da Política (sim, com “P” maiúsculo). São os partidos que precisam ser abolidos. Alguns poderão dizer que também os políticos, mas estes são partes do povo, com destaque, é verdade, na condição de representantes. A democracia direta é impraticável, especialmente, em país gigantesco como o Brasil. Intermediários são os partidos, e, são eles que devem sair de cena! Sem os partidos, aventureiros afastar-se-ão naturalmente, e, o político será mais valorizado em suas funções. 
De vez em quando sou indagado sobre como ou o porquê de ter assumido posição contrária a partidos políticos. Não assumi essa posição, repentinamente. Na verdade, ela está latente em mim, desde a infância, antes mesmo de frequentar a escola, quando ouvia, frequentemente que “se coisa boa fosse, partido político não se chamaria PARTIDO”. Na fase adulta, mesmo guardando na mente aquela assertiva, relutava expor meu pensamento em público, uma vez constatada ser a política partidária uma prática mundial. Além do mais, o sistema sempre conspirou para que não se pensasse fora da caixa partidária. Posteriormente, quando me animava à exposição pública, fui convocado e, por algum tempo, prestei serviços à Justiça Eleitoral, em mesa receptora de votos. Retraí-me, novamente, porque não seria ético eu prestar serviços a um ramo do Poder Judiciário e, ao mesmo tempo, emitir críticas ao sistema por ele referendado. Enquanto isso, escândalos e mais escândalos se sucediam; a corrupção saía do pontual e casual para assumir caráter organizacional. A nação passou a ser saqueada, sistematicamente, tendo como operadores dos esquemas criminosos quase a totalidade dos partidos, incluindo-se os de oposição. Não dava mais para aguentar! Se o cidadão aceita, silenciosamente, que a coletividade seja roubada, de certa forma ele é conivente com o crime e com os criminosos.
PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!

Todos os Direitos Reservados © 2024

Desenvolvido por Orni