Nylton Gomes Batista
De tempos em tempos, anteriormente em espaços mais longos e, atualmente, a se abreviar para até meses, o mundo vivencia avanços formidáveis, capazes de transformar, radicalmente, atividades e até mesmo o modo de vida da espécie humana. Nos últimos anos, vários são os exemplos de inovações surgidas, que alteraram as comunicações, gerando efeito cascata na realização de negócios e fomento de novas atividades, a agregar valor para a sociedade. Transformações que se faziam em espaços de duas, três ou mais gerações, hoje são feitas no espaço de uma, quase a não dar tempo de assimilação, pois outra transformação ou inovação se segue, quase que imediatamente.
O rádio, introduzido no Brasil, em 1922, começou mesmo a se popularizar a partir do rádio a pilha, lançado nos anos 50, quando engatinhava a televisão, introduzida no ano de 1950. Em 1972, a televisão ganhou cores, mas mesmo os aparelhos em preto e branco ainda continuavam fora do alcance de grande parcela da população, mesmo porque o sinal não chegava a todos os pontos do país. O grande salto, o maior na área da comunicação, veio quase no final do milênio, em 1995, quando se introduziu, no Brasil, a internet para o público em geral, ainda que este estivesse limitado por uma série de fatores, desde condições econômicas até a falta de uma rede de provedores, que demorou algum tempo para se formar em todo o país. Contudo, o caminho estava aberto e com o surgimento dos telefones inteligentes, a internet se expandiu e em 2023, 84% dos brasileiros com 10 anos de idade ou mais estavam conectados, ressaltando-se, entretanto, que maioria tem conectividade precária; com boa conectividade são apenas 22%. Atualmente situada no nível web2, prepara-se a internet para subir ao nível web3, onde e quando as transações ganharão novos contornos.
Atualmente, o assunto a bombar e gerar polêmicas é a inteligência artificial – IA, denominação por mim considerada inadequada devido à sua verdadeira natureza, mas que revoluciona o “como fazer”, sem esquecer de que antes dela surgiu o bitcoin, criptomoeda, a puxar a criação de milhares de outras congêneres. Entretanto, além do seu presumido criador (Satoshi Nakamoto), outra polêmica que ainda devo abordar, pouco se fala como surgiu o bitcoin. Até parecer ter sido produto de mágica ou saído de chocadeira! O que possibilitou a criação do bitcoin foi a blockchain, assunto afeito a tão somente altos iniciados na tecnologia digital, embora o que pode fazer represente muito na vida do cidadão comum.
“A blockchain é um grande registro público onde, à prova de fraudes, se registram, validam-se emissões e transações do bitcoin e similares. É a grande descoberta que, no século vinte e um, tudo a depender de um controle rígido, em defesa de direitos, estará coberto pela CONFIANÇA do público. Sim, porque a nova tecnologia não se presta a tão somente moedas digitais, estando aberta a possibilidade de sua aplicação em todas as atividades humanas, que requeiram a CONFIANÇA do público. As eleições, num país, seriam praticamente cem por cento confiáveis, livres de fraude e, portanto, mais democráticas, dentro do ambiente da blockchain; os cartórios de registro de imóveis ofereceriam mais segurança jurídica às propriedades, se funcionassem dentro do ambiente blockchain; e ainda o próprio dinheiro ficaria livre da inflação e das malandragens que o sistema bancário suscita Confiança é o que falta nas atividades e negócios da sociedade humana, razão pela qual há fracassos na disseminação de ideias, desenvolvimento de uns e consolidação de outros projetos. A blockchain, por sua transparência e acesso aberto a quem assim deseje, inspira a confiança necessária para que, por seu meio, se realizem transações em criptomoedas, por exemplo, o primeiro objetivo atingido com a sua criação”. O último parágrafo, entre aspas, foi escrito com base em trecho do e-book DEMOCRACIA ABERTA JÁ, deste autor, e, que pode ser obtido, gratuitamente, em www.bit.ly/2QIBQZ3.