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Ponto de Vista do Batista
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Estamos todos no mesmo barco XXV

Estamos no mesmo barco, porque estamos no mesmo país, no mesmo mundo e sob a mesma pandemia, circunstância criada pelo novo coronavírus e consequente COVID-19. Contudo, conforme dito no texto anterior, a realidade é diferente para cada um. Tal qual o desenho da impressão digital, único e exclusivo de quem o porta, a realidade é sentida e vivida, cada qual a seu modo, seja por fatores externos como ambiente familiar, educação recebida, tipo e local de trabalho, etc., seja por fatores internos, como estado mental, psicológico e nível de consciência. Ninguém sente, ninguém vive, exatamente, igual a outro, do mesmo modo que ninguém ocupa o mesmo espaço, ao mesmo tempo, com outra pessoa. 
Todos temos e vivemos num mundo, pequeno mundo ou “mundinho” construído por nós mesmos, dentro do maior menos conhecido e que, talvez por isso, mais nos impacta de forma negativa. Dentro do nosso mundo, individual e pessoal, somos bombardeados, de forma insistente e constante, por informações vindas de fora, ou seja, do mundo global, que não é nada do tudo que somos e tudo que temos. 
Ao mesmo tempo, pode-se resistir e lutar pela preservação do pensamento e sentimento interior, dando espaço à intuição, mas a prevalência do que chega de fora acaba por se impor, em razão do falso princípio segundo o qual “a maioria está certa”; e essa maioria pode estar a marchar no tempo inverso à batida do tambor!  
No caso da atual pandemia, nem se trata de maioria, porém da qualidade, da predisposição e dos interesses dos que estão no controle da situação, sabendo-se que as populações são leigas e se comportam como rebanho ao comando do pastoreio. O rebanho vai para onde é dirigido e, se dirigido para o ponto errado, é ele quem paga pelo erro! Quando saiu do país, onde surgiu o novo coronavirus e eclodiu o mal, dele derivado, para avançar sobre o mundo, a COVID-19, assim batizado o mal pela Organização Mundial da Saúde – OMS, era e é uma doença infectocontagiosa, desconhecida e de alto risco, que poderia ter sido, pelo menos, refreado seu avanço, se outros olhos, além dos das ciências médicas, não tivessem crescido sobre ela. 
Desgraçadamente, politizaram, pior, partidarizaram a COVID-19, atrelando-a a ideologias e outros interesses estranhos ao bem-estar da humanidade. Mal pensavam os defensores de uma obediência às autoridades, que parte destas trilhavam por caminhos político-partidários, quando não pelos da corrupção com vistas aos recursos destinados ao combate à pandemia. Além das mortes e milhares de famílias, enlutadas e sem o direito de se despedir seus entes queridos, a pandemia leva pessoas ao medo doentio, à depressão, ao desemprego e este ao desespero pela sobrevivência, mas políticos, bem protegidos, bem remunerados, preferem fazer o jogo dos cafajestes! Sabe-se que não há tratamento ou medicamento específico para a COVID-19, em razão de o novo coronavirus, seu causador, ainda não ser bem conhecido pela ciência. Em casos como este, a medicina se vale do que tem com possibilidades de acerto; e foi o que aconteceu, logo no início, com o uso de medicamento, já conhecido e utilizado em outros tratamentos. Mas, aí entrou o partidarismo político com a demonização do remédio que, embora não tivesse sua eficiência comprovada cientificamente, mostrava bons resultados, em muitos casos, de acordo com o estágio da doença e com o quadro clínico pré-existente do paciente. 
Nunca se viu ou se ouviu tanta celeuma em torno de um caso, que não deveria ter saído do círculo médico! Mas, a liderar órgãos e organizações do setor não estão os melhores e mais competentes com a missão de, não só conduzir as ações concernentes à saúde pública, mas, sobretudo estabelecer bases de confiança onde atua. Estabeleceu-se a confusão onde não deveria haver: na opinião pública!

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