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Ponto de Vista do Batista
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Estamos todos no mesmo barco XVII

Infelizmente, passada a barreira do milhão de contaminados e das cinquenta mil mortes, em território nacional, nenhuma evidência de arrefecimento se detecta no avanço da COVID-19, que atinge cento e oitenta e oito países. Pensava-se, inicialmente, que o Brasil seria menos atingido, em decorrência de fatores diversos, entre os quais o tempo de preparo, enquanto se observava como o problema era enfrentado lá fora.
O que se viu foi o contrário, não obstante os esforços dos profissionais da saúde, muitos dos quais vítimas fatais da doença. A população atingida pelo medo do novo coronavírus e pelo cruel impacto na economia, perda do emprego, aumento de preços e falta de recursos, entre os mais pobres, até para aquisição do básico, chegou a atender às recomendações para fugir à doença. Estava extremamente difícil conviver com a situação, mas, o “fique em casa” chegou a ser obedecido; deixando as ruas vazias de gente e de veículos; transformando conjuntos urbanos, desde pequenas localidades até metrópoles, em cidades fantasmas. Teria assim continuado, se não entrasse em cena outra praga, a política partidária, mal social presente em todo o mundo, porém mais evidente no Brasil. Não confundir esse tipo de política com a Política (com P maiúsculo), que pode ser definida como arte ou ciência da organização, direção e administração de comunidades humanas, reunidas em localidades, cidades, estados ou nações.
A verdadeira Política visa os interesses do todo, sem distinções. A política partidária visa interesses de grupo(s), em detrimento dos discordantes do(s) partido(s) dominante(s). É essa política partidária, também conhecida como “politicagem”, “politicalha”, “politiquice” que forma a base desse sistema político, arcaico, ineficiente, enganador, corrupto, que finge governar, mantendo o Brasil atrasado e o bem-estar longe do povo mediante políticas injustas, em todos os sentidos.
Dessa inversão de valores entre um e outro conceito, espertos já se valem para emitir o que chamam moderna definição. Segundo esses espertos, política seria meramente “ato de buscar exercer o poder dentro de uma nação.” Ora, isso achincalha, de vez, o conceito de política; joga na lata do lixo o direito de a sociedade, como um todo, discutir, debater e buscar soluções, porque um ou grupos associados querem governar a seu modo. É uma definição canalha, própria de canalhas!
Pois bem; voltando à situação atual, a população seguiu o “fique em casa”, mas, a briga de foice entre partidos e grupos ideológicos tirou de foco saúde e vida, bens mais preciosos da pessoa e da coletividade, em qualquer situação, mas sob riscos com a pandemia em curso. Vontade acima da lei chegou a prevalecer sobre o direito de um ou outro pacato cidadão quedar-se, isolado na praça, ou circular sozinho, como forma de salutar exercício. Enquanto isso acontecia, de um lado, do outro, grandes aglomerações sob pretexto de bailes funks se formavam e ainda se formam, para desespero da vizinhança, que não dorme, e da coletividade, cada vez mais ameaçada de contaminação pelo novo coronavírus. Cidadãos inocentes são presos e algemados; marginais promovem arruaças e nada lhes acontece de parte da lei. Foi assim que, nas grandes cidades, o povo, completamente desalentado e indignado com a politicagem, incompetência e falta de autoridade, voltou às ruas. Ficar em casa? Como? Se tudo lhe falta! Engraçado para eles (governantes), mas cruel e triste para o povo, é que ninguém mais morre de outra doença, acidente ou homicídio; é tudo culpa da COVID-19. Por quê? E o sofrimento das famílias é aumentado pelas visitas proibidas e velórios reduzidos no tempo e em presenças.
Confirma-se o princípio de que os justos pagam pelos pecadores. Os políticos e governantes erram, mas, quem sofre é o povo.
PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!

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