Quando a demanda por um produto aumenta muito além da oferta, oportunidades surgem a fraudadores de plantão, na esperança de ganhar algo mais. Também com a vacina contra a COVID-19 o fenômeno parece acontecer, só não se sabendo o que se ganha de palpável, mas garantidos pontos no reino da manipulação político-ideológico, de onde parte a indução da população ao pânico, desde o início da pandemia. Só isso explica os diversos flagrantes de falsa vacinação, em alguns pontos do país, mediante injeção de nada, em seringas, no braço de pessoas ansiosas pelo medicamento, anunciado por uns e tidos por outros como a salvação.
Sabe-se que a vacina é uma tentativa com vistas a um sucesso, muito esperado, porém incerto, enquanto a ciência não domina, de fato, o conhecimento sobre o novo coronavírus. Contudo, correntes pela manutenção da ignorância atuam na desinformação! Quem não sabe ou não conhece a verdade é mais fácil de ser dominado!
No mesmo tom, vem à baila, novamente, a questão do porte de arma para cidadãos conscientes, direito surrupiado da sociedade, enquanto crescia o contrabando de armas, o narcotráfico, a violência, o poder das quadrilhas e o luto dentro das famílias. Claro que muito melhor se todos desarmados fossem, incluindo-se agentes da segurança pública, mas isso é uma utopia. A espécie humana, em sua natureza, vai do anjo ao demônio! Se há os bons que a tudo respeitam, há os maus contra tudo e contra todos. Em vista disso, cabe aos bons o direito de se defender, uma vez que nem sempre se encontra por perto um agente da lei. Se em primeiro lugar fossem desarmados os bandidos, poderia ser razoavelmente aceito o desarmamento geral. O Estado desarmou os bandidos? Não! Nem tentativa se fez! Por que, então, desarmar a sociedade? Só mesmo aos que querem o domínio sobre o povo, aos hipócritas e aos simplórios pode interessar o desarmamento geral, excluindo-se dele a bandidagem.
Nunca tive, não tenho, não pretendo ter, não conheço e não gosto de arma, mas reconheço o direito de tê-la em quem pode e a quer. Em poder ter arma estão implícitas condições indispensáveis, entre as quais, nível psicológico condizente com a responsabilidade da posse ou porte e treinamento específico, não se podendo conceder o poder de sua aquisição e posse no mesmo nível da compra e consumo de bananas! Sob a mesma falácia do combate à violência, pretendeu-se, há algum tempo, em São Paulo, proibir a garupa nas motocicletas. Havia se tornado muito comum o assalto, em via pública, modalidade em que o atirador era o garupeiro. A imbecilidade política, ao invés de dar condições aos agentes da segurança pública, preferia punir o cidadão em seus direitos; felizmente, a coisa foi vetada no nascedouro. Assim como no caso da arma, considero a motocicleta veículo super perigoso, não ando nem na garupa e, em razão disso, se consultado desaconselho, a qualquer um, sua aquisição. Mas, não é por isso, que apoiaria o cerceamento do direito de quem a possui, gosta e dela se vale para o trabalho, para o lazer, para viagens ou qualquer outro fim, com responsabilidade. Se alguns a usam para a prática do crime, o Estado que se vire para coibir, porém sem prejudicar o cidadão de bem.
De volta à questão da pandemia, noticiou-se que, na cidade de Ouro Preto, repúblicas estudantis foram multadas porque fizeram festa, contrariando determinações em contrário como meio de combate à COVID-19.
Uai! Só repúblicas? Só não vê e não ouve, quem tapa os olhos e os ouvidos, pois a gandaia rolou e rola, livre e solta, especialmente nos fins de semana, durante e fora do período do carnaval. Dizem que ouve fiscalização, na cidade e nos distritos, mas na localidade mais próxima à cidade o que se viu e se vê é gente, em grandes grupos, a circular livremente, pelas madrugadas, sem qualquer preocupação, mesmo com a chuva. Se madrugada e estão na rua é porque vão ou voltam de festa. Não se costuma passear, em grupos, na madrugada! E dizem que há fiscalização. Ó caras-pálidas, contem outra porque esta não cola!