Próximo de completar um ano, desde que o mundo tomou conhecimento do novo coronavirus e do perigo que ele representava e representa, sob a forma da COVID-19, muita polêmica se levanta em torno de todas as questões a envolver a doença, que alcança todo o mundo. Mudaram-se hábitos, restrições de contato individual se impuseram por força do perigo de contágio, paralisaram-se atividades comerciais e industriais; tudo se alterou, ainda que sem saber, de antemão, sobre qualquer resultado favorável. Como consequência, milhões de desempregados e a fome chegou a se fazer presente em camadas sociais mais vulneráveis. Nos laboratórios, desde o início da pandemia, cientistas se desdobram em busca de conhecimento sobre a nova ameaça, mas, até o momento, nada se descobriu de definitivo sobre a cura da doença que, segundo pesquisas, muito varia em suas manifestações iniciais e posteriores sequelas.
O tratamento tem sido feito com base no que se conhece sobre doenças semelhantes e respectivos medicamentos já conhecidos, pois ainda não se conta com nada específico. De tudo isso é fácil concluir que vacinas, em processo de desenvolvimento, algumas já em início de aplicação, não têm garantia de sua eficácia, podendo até gerar resultados adversos. Falar em obrigatoriedade para o público chega a ser irresponsabilidade, lembrando aos que a defendem, que as vacinas contra o novo coronavírus não possuem o mesmo grau de confiança e, por isso, não podem ser equiparadas às já conhecidas, consolidadas e eficazes contra a poliomielite, contra o sarampo, contra a difteria, contra a tuberculose e outras. A obrigatoriedade dessas últimas, que combatem causas bastante conhecidas, não pode ser estendida a qualquer vacina destinada a um mal cuja causa ainda não está bem esclarecida. Com relação ao novo coronavirus e COVID-19 tudo ainda é incerteza.
Veja-se o caso da África, grande continente com cerca de 1,3 bilhão de habitantes. Tomado conhecimento do novo mal e considerados os primeiros resultados nos centros com alto índice de desenvolvimento humano, anteviu-se uma tragédia humana onde vicejam guerras, fome e miséria. Entretanto, dá-se o contrário com registros bem inferiores. Observadores e estudiosos se dividem em várias explicações para o caso africano que, por enquanto, é um mistério. Uma das explicações parece confirmar o dito popular “Deus dá o frio conforme a cobertura”, pois são mesmo os países mais pobres, com menores índices de desenvolvimento humano (idh), os menos atingido: são países que têm menos contato com o mundo mais desenvolvido e, por isso, têm menor possibilidade de receber pessoas, contaminadas em outras partes do mundo. Outra explicação está na exposição daquelas populações a muitas doenças infectocontagiosas, frequentes epidemias, o que talvez lhes possibilite criação de anticorpos que, coincidentemente, atuam também contra o novo coronavírus. Mas, explicação mais interessante, contudo não muito referida, está no fato de determinada linha de medicamentos, largamente utilizada no combate a outras doenças, especialmente a malária, está na linha de frente do tratamento, aos primeiros sintomas da doença. O governo de Angola, por exemplo, importa tais medicamentos de Cuba e da África do Sul e com eles está a evitar que sua população sofra o pior trazido pela pandemia. Esses medicamentos são os mesmos rechaçados, no Brasil, mediante patrulhamento ideológico, do qual muitos profissionais de saúde têm sido vítimas com afastamento e demissões de seus empregos. No caso do novo coronavírus/COVID-19 muito temos que aprender com os africanos!
Mudemos um pouco de assunto sem, entretanto, mudar da área da saúde. Médico se propõe e se oferece para experiência, aparentemente, inédita. Aos que lutam contra a balança ele diz que engordará trinta quilos para, em seguida, emagrecer, retornando ao peso original, com o intuito de orientar aos que necessitam perder peso. Previamente, deverá se submeter a uma série de exames, para determinar as condições de seu organismo, pois o processo pode agravar qualquer anomalia ainda desconhecida por si próprio. A experiência sugere outras similares, em áreas diversas, como a financeira, por exemplo. Imagine-se o Bill Gates despojar-se de seus bilhões de dólares e, em seguida em entrar em processo de novo enriquecimento, a título de ensinar a outros se enriquecer. Eu estaria disposto a ajudá-lo, recebendo sua fortuna, enquanto muitos teriam a oportunidade de também fazer fortuna mediante esforço próprio. Eu tenho “vocação” para rico; só nunca tive dinheiro!