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Ponto de Vista do Batista
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Estamos todos no mesmo barco XII

Penso que todos estão conscientes de que o mundo adquirirá nova face, depois desta pandemia; nova cara, novos modos, novos meios de vida, novos comportamentos entre os seres humanos, tudo com tendência a melhor qualidade de vida e melhor relacionamento dentro da espécie e desta com as demais. Pouca coisa restará do que é! Se toda a transformação se deverá à saúde, valentemente defendida na luta contra o novo coronavírus, será também ela, a saúde, a primeira a se considerar nas mudanças que virão; isso, se o Homem aprender, verdadeiramente, a lição proporcionada por esta pandemia. 
Quem acompanha os fatos relacionados à COVID-19, lê e assiste debates de especialistas sobre o assunto, percebe que há um fator importantíssimo nos índices de disseminação da doença, mostrando que nem todas as pessoas a desenvolvem, embora possam estar contaminadas pelo coronavírus e passíveis de transmiti-lo a outrem. Tal fator é o grau de imunidade, mostrado pelo sistema imunológico, que livra a pessoa de desenvolver determinadas doenças, ainda que portadora de sua causa. Em sendo a COVID-19, doença que ataca, principalmente, o aparelho respiratório, o que fazem também, com menor gravidade, as gripes comuns, é fácil traçar um paralelo entre estas e aquela. 
Enquanto, para a COVID-19 ainda não há vacina, para a gripe comum, que se manifesta diferente a cada ano, não falta a vacina, que também se diferencia, anualmente, acompanhando a tendência de mutação do vírus causador da gripe. Observando-se as reações das pessoas durante epidemias gripais, constata-se que elas variam da nulidade à inocuidade diante da ação da vacina. Isso mesmo. Há pessoas que se vacinam periodicamente e, nem por isso, deixam de se gripar. No extremo oposto, pessoas há que nunca se vacinam e não se gripam. A explicação pode estar no grau de imunidade de cada um. Num indivíduo, a imunidade é tão baixa que nem a vacina resolve o problema; noutro, ela é tão alta, que a gripe não o atinge. A vacina neste último se torna inócua, se tomada! Entre os dois grupos ficam outros indivíduos, mais numerosos, nos quais a vacina equilibra a imunidade contra aquela doença. 
Considerando tudo isso, prevê-se possível concentração das atenções na medicina preventiva, sempre defendida, porém nunca devidamente aplicada pelos governos. E essa prevenção poderá começar com educação para a saúde, ressaltando-se a importância da imunidade inata (natural, com a qual nasce o indivíduo), sua preservação e melhoria. Hábitos saudáveis, incluindo-se aí a alimentação mais natural, são o forte para que a pessoa tenha alto grau de imunidade, o que o coloca à margem da contaminação durante eventuais surtos epidêmicos. É possível que o novo coronavírus circule por mais tempo que se imagina, não se descartando nem uma segunda e terceira ondas da COVID-19, assim como foi no caso da “gripe espanhola”, conforme registros históricos. 
Por isso, é bom que a população, além dos cuidados inerentes à atual situação (frequente higienização das mãos, uso de máscaras e distanciamento social), comece a cuidar melhor da alimentação, do repouso noturno, dos exercícios físicos, enquanto elimina maus hábitos, ressaltando-se no momento o uso do tabaco, que poderá ser proscrito após a pandemia. Esses cuidados podem e devem ser observados por todos, sem esperar que o médico de cada um e autoridades venham alertar. É o bom senso que grita! Entretanto, é bom lembrar que, mesmo assim, a imunidade pode estar em risco, se não for dada igual atenção à parte espiritual, ao estado psicológico. Um pessoa com a mente recheada de pensamentos negativos, destrutivos, ou em estado de baixa estima, está longe de ter boa imunidade. Esses cuidados devem ser observados já, agora, enquanto perdura o isolamento ou distanciamento social, prevenindo-se contra o COVID-19, mediante novos hábitos a serem continuados quando a pandemia se for.

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