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Ponto de Vista do Batista
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Estamos todos no mesmo barco XCIV

Por Nylton Gomes Batista
A pandemia do novo coronavírus/COVID-19 já fez milhões de vítimas fatais, em todo o mundo, além das sequelas deixadas em outros milhões dos que sobreviveram à tragédia, sem contar a desestabilização da economia mundial e inúmeras outras consequências na vida da espécie humana. Pode-se dizer que tudo sofreu alguma alteração, em decorrência da pandemia, desde o comportamento individual até a realização das atividades corporativas e governamentais.
Entretanto, como tudo no universo, a pandemia ainda pode deixar um saldo positivo, a depender da própria atitude da coletividade humana frente à tirania que, valendo-se da fragilidade das populações sob o medo oportunista, arvora-se com o direito de impor um controle à custa da liberdade individual.
Sob a capa do combate à pandemia e controle sanitário, governos tentam conduzir povos como se, estes, gado fossem. A obrigatoriedade da vacina e consequente formação de uma casta, a dos não vacinados, impedidos da convivência normal com o restante da população, são as primeiras medidas a conflitar com o direito de cada um decidir por sua própria vida. Tal discriminação é incompatível com o direito à liberdade e com os princípios democráticos. No caso brasileiro, a obrigatoriedade da vacina e a discriminação dos “não vacinados” agridem frontalmente o Artigo 5º da Constituição Federal, que diz: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza… e … ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; …”
Em todos os países, ditos livres e democráticos, a população se levanta contra essas determinações governamentais, destacando-se, atualmente, o Canadá, onde os caminhoneiros sitiaram a cidade de Otawa, capital, de onde os protestos já se alastram para outras cidades importantes, como Quebec e Toronto e, segundo se informa, replicam-se em outros países. É o povo que, finalmente, acorda e se levanta! Essas manifestações políticas, porque é isso que são (alguns pensam que política só é feita por meio de partidos) são um sinal de que os cidadãos estão a tomar consciência de que estão sendo enganados sob uma falsa democracia. Todos esses países se dizem democráticos, mas bastou a atuação de um vírus desconhecido para que tais políticos e governos mostrassem as garras da tirania; tirania, camuflada como medidas de controle da pandemia, mas que na verdade são para controlar populações, como grandes rebanhos.
Embora pacíficas, com raras exceções de atos agressivos isolados, governantes as apontam como violentas e se escondem ou fogem do diálogo com o povo, que só pede não lhe roubarem a liberdade. Observe-se que tanto nas atuais manifestações, em todo o mundo, quanto nas já realizadas no Brasil, por outros motivos, não se vê a presença de qualquer partido político; uma prova de que o povo tem força; querendo, ele pode determinar mudanças, que o situem em patamar mais condigno, como nação perante o estado. Para se fazer Política, a verdadeira Política, não há necessidade de partidos; a administração pública, para ser justa e democrática não pode estar atrelada a grupos, facções, partidos ou similares de natureza política, pois o povo é um e está sob a mesma lei. Ideias e pensamento político são características individuais e assim devem continuar no seio do povo, sem que indivíduos formem grupos em torno desse ou daquele ideal, pois todo grupo (partido) com essas características têm o gene do domínio sobre o todo, aniquilando, assim, o princípio da democracia, que é o povo no poder.
Dessas manifestações, muitas delas espontâneas, sem a marca de qualquer partido, pode nascer movimento maior, que reivindique a eliminação de todos os partidos políticos e coloque o povo, de fato, no poder. O que falta é um olhar mais amplo sobre o que diz o povo, para se perceber que chegou a hora da DEMOCRACIA ABERTA. No momento em que os políticos, no exercício de seus mandatos, no executivo e no legislativo, não mais tiverem a cobertura dos partidos, tendo que responder diretamente ao povo, estará assegurada a governabilidade que, neste sistema, é constantemente tumultuada pelos caprichos partidários, grupos setoriais e interesses pessoais. Na DEMOCRACIA ABERTA, o intrometimento de um poder da República em outro, por exemplo, nem pensar! Considere-se ainda que faltaria um meio, a militância político-partidária, para a intromissão, antes da possível ação corretiva determinada pelo eleitorado.
PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERMA MAL DEMAIS À HUMANIDADE!

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