Em plena pandemia da COVID-19, cuja debelação se situa nos limites das incertezas, embora se façam extremos esforços: primeiro, para se conhecer, definitivamente, sua causa ainda envolta em mistério; segundo, para se produzir algo capaz de afastar o perigo; o comportamento de integrantes do Supremo Tribunal Federal – STF só vem agravar a fragilidade emocional da população brasileira. Interferências em outros poderes da República, prisões ilegais, incluindo-se de parlamentar e de jornalista, repressão ao exercício do direito de opinião e livre expressão. Some-se bloqueio da remuneração por atividades no exercício profissional, independente, da comunicação. A que ponto chegou o abuso de autoridade no Brasil! Se não se consegue implementar ditadura por via do poder Executivo, implementa-se por via do Judiciário, o poder ao qual cabe a defesa da Constituição Federal e, por consequência, dos direitos do cidadão.
Loucura institucional? Existiria em ficção científica. Na realidade em curso, tais distorções dão o que pensar e algo mais sério vem às considerações, sabendo-se que, na Europa, também começam a restringir a livre expressão e contas bancárias já são bloqueadas. A discriminação dos não vacinados já é realidade em alguns lugares, também na Europa e, infelizmente, acaba de chegar ao Brasil por meio de uma determinação da Prefeitura de São Paulo. A título de combater a propagação do novo coronavírus, a Prefeitura de São Paulo exige que as pessoas comprovem ter sido vacinadas, ao entrar em qualquer “estabelecimento, como comércio, serviços e eventos em geral”. Isso, sim, é prática nazista! Só falta agora, exigir dos não-vacinados a ostentação, nas vestes, de um sinal, que os identifique!
O fato é que o que se conhece como “democracia”, engolida por todos há muito tempo, revela-se como tremenda farsa, a partir de maior interação entre pessoas, em qualquer parte do mundo, mediante o uso dos novos meios de comunicação proporcionados por tecnologias mais avançadas. O que a grande mídia tradicional e corporativa fazia, em atendimento aos interesses e conveniências estranhas ao público, saltou aos olhos do mesmo na relação, que passou s ser direta com os fatos, sem necessidade de intermediários (as mídias). Do mesmo modo, a partir de eventos políticos, em desacordo com a vontade popular, percebe-se também que a política pode melhor ser conduzida entre o povo e a classe política, sem a intermediação de partidos.
Ao longo dos trinta e dois anos desta coluna, por muitas vezes se disse neste espaço que este sistema político-partidário está podre, é corrupto e que o país só conseguirá resolver seus problemas e se deslanchar, quando for substituído por algo mais confiável. Governos devem estar voltados para a coletividade como um todo, o que não acontece numa sociedade, politicamente, dividida em grupos disputantes ao poder, ou manipulada e controlada por um único grupo. Toda coletividade merece e deve ter governos formados por pessoas qualificadas, competentes, escolhidas livremente pelo povo, sem que haja entre este e aqueles, qualquer grupo, partido ou associação de qualquer natureza com o propósito de influenciar na escolha. Do mesmo modo, sem intermediário de qualquer natureza, todo cidadão, devidamente qualificado, tem o direito de colocar seu nome à apreciação e escolha para cargos da administração pública.
Se não fossem os partidos políticos, a corrupção não teria chegado ao nível a que chegou, institucionalizada e com ramificações no exterior; afora a crise sanitária atual, não haveria a instabilidade política provocada pelo STF, partidarizado, intervencionista e a atuar como se polícia fosse; o parlamentar, o jornalista, o líder partidário e outros cidadãos não teriam sido presos ou incomodados e intimidados; cidadãos não teriam sidos bloqueados em redes sociais e profissionais independentes da comunicação não teriam bloqueada sua remuneração; cidadãos não-vacinados não estariam sendo discriminados, como já se faz na cidade de São Paulo.
É hora de se implantar a DEMOCRACIA ABERTA! Se ainda não existe no mundo, que seja o Brasil o primeiro país a tê-la. O povo brasileiro, por sua proficiência, trabalho, cultura, pacifismo e sentimentos humanitários, merece ter um sistema político mais limpo e direto ao ponto desejado. Vamos à DEMOCRACIA ABERTA, pois, PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!