Desde o início da pandemia do novo coronavírus/COVID-19, o mundo, não somente o Brasil, tem vivido uma guerra de informação; na verdade, desinformação, que coloca populações inteiras a reboque da vontade e interesses estranhos à verdadeira questão, o combate ao terrível mal, que assola a humanidade. Não há um dia sequer, em que não se ouve ou não se lê alguma notícia relativa à pandemia, cujo conteúdo entra em choque com a verdade; dados e fatos distorcidos, informações falsas sobre fala e ações de pessoas e desqualificações das mesmas, com o intuito de quebrar sua credibilidade junto à opinião pública. Enquanto profissionais da saúde travam intenso combate, na busca de um meio de reduzir sofrimento e o número de óbitos, à parte, correntes adversas põem dúvida no trabalho daqueles e defendem ações em contrário a tudo que leva a um tratamento preventivo e precoce contra a COVID-19.
Um ou outro médico veio a público para contestar tal atitude, mas o tom brando, em contraste com a virulência das narrativas político-ideológicas, anulou o efeito pretendido. Finalmente, levantou-se uma voz com a autoridade adquirida mediante longos estudos em ciência médica, prática da medicina, especialização no enfrentamento de crises e pandemia. Trata-se do Dr. Paulo Porto de Melo, formado pela Universidade Federal de São Paulo, especialista em Neurologia, neurocirurgia, medicina de urgência e clínica médica, pós-graduado em Harvard, onde se aprofundou no estudo de temas como inovação, liderança, gestão e enfrentamento de crises e pandemia.
Ao assumir sua posição no debate que se trava, primeiramente, o neurocirurgião Paulo Porto de Melo compareceu ao Senado Federal, onde e quando deu seu abalizado recado ao público mais interessado, ou seja, os que se “acham” médicos e com autoridade para impor suas vontades. Posteriormente, concedeu entrevistas do mesmo teor, o que possibilita ser visto e ouvido por um público maior, que precisa ser esclarecido sobre a verdade dos fatos, sobre a manipulação que aí está com propósitos de confundir a opinião pública, segundo seus princípios político-partidários-ideológicos. Sem perder a linha educada, o neurocirurgião, Paulo Porto de Melo, “abriu o bico”, escancarou, rasgou o verbo, como se diz em linguagem popular, foi contundente e ferino contra os lacradores, que parecem torcer para o quanto pior, melhor.
Numa das entrevistas, ele começa dizendo ter entrado no debate por ter constatado, desde o início, existir uma forte politização em torno do como tratar paciente da COVID-19. Ele, então, diz que, pessoalmente, o médico pode ter uma posição política, mas em sua vida profissional jamais a política partidária deve interferir. Mais à frente, aborda a questão do tratamento precoce ou tratamento imediato, ainda que não se tenha medicação específica, que pode e deve ser ministrado pelo médico, com a concordância do paciente, para que este, pelo menos, se sinta mais confortável. Ele critica e rebate as expressões “kit covid” e “kit morte”, taxando-as de ignorância, pois não existe nenhum kit anti-COVID-19. O que existe é a possibilidade de se associarem fármacos diversos, aplicáveis caso a caso. O Dr. Porto Melo chega a zombar dos que condenam o tratamento precoce, mediante o uso do chamado “kit morte”: pacientes conhecidos que fizeram o tratamento precoce estão todos vivos. Quanto aos que receberam prescrição de dipirona e foram mandados para casa, sabem dizer o que aconteceu com eles? Em relação à hidroxicloroquina, o neurocirurgião lembra a gigantesca campanha, aberta na mídia, quando Donald Trump, então presidente norte-americano, defendeu seu uso contra a pandemia. O mesmo se repetiu no Brasil. Ele esclarece que a hidroxicloroquina não é remédio do Trump e nem do Bolsonaro, mas remédio eficaz contra o lúpus e a malária, cujo uso tem dado certo também contra a COVID-19. Agora, a campanha se repete contra a ivermectina, acrescenta ele.
Para acessar os recentes vídeos do Dr. Paulo Porto de Melo, basta buscar por seu nome no Google. Na oportunidade, aconselha-se também a busca por ANTICOV, ensaio clínico, que “responde à necessidade urgente de identificar tratamentos, que podem ser usados para tratar casos leves e moderados de COVID-19 precocemente e prevenir picos de hospitalizações que poderiam sobrecarregar os sistemas de saúde frágeis e já sobrecarregados na África”.