Enfrentamos, certamente, a segunda onda da pandemia e, conforme aqui antecipado com base em registro da “gripe espanhola”, bem mais violenta que a primeira; e ainda poderá ocorrer uma terceira, o que, provavelmente, ainda nos engolirá todo o ano de 2022, com vacinas e tudo. Sofremos a segunda e mais violenta onda da pandemia, enquanto nos submetemos à onda da política sanitária, no combate à COVID-19, decretada com o nome “roxa”, não se sabe o porquê. Contudo, faz sentido se lembrarmos que é quaresma, povoada de lobisomens e mulas-sem-cabeça, no tempo dos nossos avós. Melhor naquela época quando se “morria de medo” do lobisomem e da mula-sem-cabeça, porém tudo na imaginação e não, de fato, como hoje, diante do novo coronavírus. Mas, se não mais se morre de medo do lobisomem e da mula-sem-cabeça, morre-se de raiva e, às vezes, de rir, de algumas iniciativas, cuja veracidade nos aguça a dúvida e, se verdadeira, fica sob suspeita o nível da sanidade mental do autor.
Mas, antes vamos ao comportamento da pessoa comum, responsável, na convivência com a situação. A loja mantinha as portas de aço abaixadas, mas uma deixava uma brecha de, não mais que, um palmo. Do lado de fora, consumidora, abaixada e cabeça rente ao chão, tentava se comunicar com o lojista ou vendedor, para que este lhe vendesse produto necessário ao filho pequeno. Os dois lados, conscientes da situação, amoldaram-se às exigências, mas não deixaram de viver!
Pulemos para o Rio Grande do Sul e tentemos saber o que há na cabeça de um vereador, presidente de sua respectiva câmara. Para enfrentar o novo coronavírus e consequente COVID-19, ele defende a ideia de se “pulverizar” com “alcoolgel”, observando que, se não for possível o “alcoolgel” comum, que se providencie o mesmo produto em estado líquido (???). Não é pegadinha, não! Há um vídeo gravado de sua fala durante a sessão da câmara. Como pode vereador de importante cidade defender tal asneira? Seu DNA deve ter alguma ligação com o do Nero, imperador e incendiário de Roma!
Entre mineiros não foi o absurdo como entre gaúchos, mas uma iniciativa longe da competência conferida a um partido político e de uma crueldade, inadmissível até em cenários de guerra, de fato. Não importa aqui o local e nem o partido, mesmo porque partido político, de toda e qualquer tendência, é mero usurpador do poder que, na verdadeira democracia, compete ao povo. Tal partido quer que o Ministério Público proíba à administração municipal a recomendação do tratamento precoce da COVID-19. Não bastasse a esdrúxula intromissão num assunto que não lhe compete, e, sim, exclusivamente aos médicos e mais ninguém, porque somente eles podem decidir sobre tratamento de saúde, tal partido não quer que pessoas acometidas da COVID-19, em seu processo inicial, recebam algum tratamento. Querem banir o tratamento precoce, porque nele são utilizados medicamentos satanizados por um grupo político-midiático, sob a alegação da “não comprovação científica”. Mas, omitem não haver comprovação maléfica! Temos, no Brasil, uma anti-ANVISA?
Ainda bem que, em se tratando de comportamento diante da pandemia nem tudo é negativo. Veja-se o caso de importante município catarinense. Servidores municipais aguardavam, ansiosamente, que o prefeito decretasse paralisação total (recuso-me a usar o termo alienígena adotado) dos serviços, em razão do recrudescimento da pandemia. Tanto insistiram com o prefeito, que este resolveu atender: assinou o decreto, porém facultativo e sem remuneração. O servidor que não quiser trabalhar poderá gozar do “fique em casa”, mas sem remuneração. Esse prefeito é dos bons! Duvida-se que algum servidor tenha ficado em casa!
Para encerrar esta série de fatos “covidianos”, registre-se o de um deputado que, subindo à tribuna da Câmara Federal, tentou refrescar a memória nacional com relação ao governo e as vacinas. Ele se reportou à Medida Provisória nº 994 de 6 de agosto de 2020, na qual o presidente da República abria o crédito de 1,9 bilhão de reais, para produção e aquisição de vacinas. De acordo com o deputado, pedindo a todos que conferissem nas bases de dados, o governo brasileiro foi o primeiro, em todo o mundo, a tomar medida de tal caráter. Se, na prática, o processo não evoluiu como o esperado, não foi por falta de iniciativa ou atraso do Executivo.