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Ponto de Vista do Batista
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Estamos todos no mesmo barco IV

Não pensava, na produção desta série de textos, abordar outras questões que não as diretamente ligadas à expansão da pandemia, suas consequências sociais, econômicas e políticas, depois de atingir e alterar o quotidiano de cada pessoa em todo o mundo. Até o momento (manhã de 28/03/2020) no mundo (177 países), são mais de 600 mil contaminados e mais de 28 mil mortes, enquanto, no Brasil (atingidas todas a unidades da federação) o número de contaminados chega a 3.477 e o de mortes, 93. Com exceção da China, foco original da doença, onde a proliferação chegou a zero, mas recomeçou com entrada, no país, de contaminados de fora, no restante do mundo, o coronavírus só tem avançado.
Interessante notar que, no hemisfério norte, de clima mais frio e menor incidência da luz solar, entrando agora na primavera, a contaminação parece crescer com mais rapidez. Isso salta aos olhos quando se comparam gráficos no mapa mundial. Diante disso, especialistas vislumbram, quiçá, um arrefecimento da proliferação, no hemisfério sul, deixando então a doença de causar tantas vítimas, como tem acontecido no hemisfério norte. Clima mais quente e mais luz solar que, comprovadamente, favorece o sistema imunológico, podem reduzir a contaminação por estas bandas. Se não falsa a impressão que se tem, diante do quadro na Ásia, Europa e América do Norte, o coronavírus atingirá o Brasil, contaminando número menor de pessoas e de forma menos grave, causando então menor número de mortes, em comparação com o que ocorre naqueles continentes.
Junte-se ao fator clima, o fato de os profissionais da saúde, brasileiros, terem tido tempo de observar e aprender com o que ocorria nos primeiros países alcançados pela pandemia. Estudos se adiantaram e recomendações foram antecipadas às autoridades. O isolamento social se estabeleceu logo que constatada a contaminação comunitária, ainda que o número de contaminados não fosse real, em razão do número insuficiente de testes realizados. O mais importante ainda é que a população, compreendendo e aceitando o estado emergencial, no qual mergulhou o país, está a se comportar, disciplinadamente e de forma solidária, como convém nesses momentos. Ressalte-se que a doença pode ser menos para uns e mais grave para outros, sobretudo idosos e portadores de doenças crônicas, que potencializam a COVID-19, mas ninguém é capaz de prever o que pode lhe acontecer se contaminado pelo coronavírus. Por isso, há que ter cuidados especiais sem, contudo, desesperar-se e entrar em pânico.
O correto é observar as recomendações oficiais e manter a tranquilidade, bom descanso noturno, sem descurar a alimentação, a mais saudável possível e sem bebida alcoólica; álcool só para a higienização! Banho de sol e exercícios físicos complementam os cuidados anteriores.
No Brasil, em clima de apreensão e comoção, a nota negativa vai para agentes políticos que, distanciando-se da ação unificada, exigida pelo bom senso, em prol de mais eficácia no controle e avanço da doença no país, procuram satisfazer seu próprio ego com iniciativas isoladas e destoantes. Fechamento de fronteiras internas (estaduais e municipais) fechamento de rodovias e aeroportos, suspensão do transporte público, fechamento de restaurantes às margens das rodovias, foram alguma das iniciativas, que extrapolaram a competência administrativa e entraram em choque com os interesses coletivos. Só isso bastaria para confundir e prejudicar a população que, apreensiva porém disciplinada e solidária, espera por ações conjuntas e eficazes, mas alguns chegaram ao ponto da rebeldia, em claro confronto de natureza política, quando o momento pede o esmaecimento das cores partidárias. Até lhes parece que o coronavirus é também eleitor e, empolgados, tentam ganhar sua simpatia para as próximas eleições! Ele, coronavírus, é o inimigo comum e, por isso, deve ser combatido em ação comum. Se, em lugar desse sistema político-partidário corrupto, tivéssemos uma DEMOCRACIA ABERTA (sem partido) esse comportamento dos agentes políticos poderia entrar numa das avaliações a cargo do eleitorado, por meio do ponto positivo ou negativo, conforme o pensamento de cada um.
Comportamento incompatível, desvio de conduta e corrupção de todo tipo são acobertados pelos partidos, dentro do sistema vigente. Na DEMOCRACIA ABERTA, agentes políticos estariam sob avaliação constante do eleitorado, que poderia destituí-los da mesma forma como os elegera. A dessintonia política, dentro da realidade vivida no momento, seria, certamente, fator a levar o eleitorado a dar pontos negativos aos agentes políticos em foco. No sistema vigente, eles podem fazer o que lhe dá na telha, pois contam com o guarda-chuva de seu respectivo partido político. PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!

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