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Ponto de Vista do Batista
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Democracia aberta, já!

Enquanto se aguarda a realização do segundo turno das eleições 2022, ruminemos pensamentos em torno dessa coisa chamada política partidária imposta, em todo o mundo, pelos que detêm o poder ou pretendem tê-lo. É dentro dos partidos e entre eles que se monta a armadilha, para a conquista do poder, tendo como meio o povo conclamado a votar, sob a ilusão de que, assim, se cumpre o enunciado pelo conceito de democracia. 
Essa não é a verdadeira Política, e, também não é este regime a verdadeira democracia, que o sistema insiste empurrar goela abaixo. Conforme registrado em edições passadas e o mesmo confirmado, em dicionários, política é a “arte ou ciência de governar”, o que implica em organização, direção e administração de nações ou estados. Pode ser também “série de medidas para obtenção de um fim”, o que define “política” como algo muito mais amplo que o, comumente, entendido pelo povo. Por essa segunda acepção (série de medidas para obtenção de um fim) percebe-se que política se aplica a tudo, a começar do modo de viver de cada um, no relacionamento com os semelhantes, nos estudos, no trabalho, nos meios de conquista de seus objetivos, etc. Ao mesmo tempo, o indivíduo, na qualidade de cidadão, pensa e age pró melhoramento da qualidade de vida, na comunidade em que vive, estendendo-se esse comportamento até o nível de nação. 
Essa, sim, é a verdadeira política, que todos já praticam, bem ou mal, independentemente do que possam ter aprendido, tendo em vista que somos livres para escolher o caminho a seguir. Então, se política se aplica à vida pessoal, para que o indivíduo se valorize, muito mais necessária se torna ela, para a convivência em sociedade. Conclui-se que política não é deplorável, não é algo ruim a ser evitado. Deplorável, sim, quando feita por grupos e entre grupos, tendo como objetivo o domínio, mediante manipulação do que se pretende dominar. Esta é a política partidária, responsável pelo nefasto e corrupto sistema que corrói o estado e infelicita o povo! 
A situação atual do Brasil seria cômica, se não fosse trágica, a viver essa democracia, que é “sem nunca ter sido”, tal e qual enredo novelesco dos mais satíricos. Quanto mais se fala em democracia que, na verdade, ainda não existe em nenhum lugar do mundo, mais se afasta do simulacro que é, e, por meio do “governo paralelo”, aproxima-se, descaradamente, de uma ditadura. Só não é uma ditadura, de fato, porque existe um governo constitucional que, apesar de todos ataques e provocações, não se valeu das armas usadas pela oposição. Em contraposição, ainda há quem, supostamente em defesa da “democracia”, pregue a proscrição do principal partido tendente ao totalitarismo. Quanta ingenuidade, meu Deus! Além de não ver a antidemocracia contida na proscrição desse gênero, que só existe no outro lado, quem a prega parece desconhecer a realidade. Partidos pretensamente, ou de fato, totalitários, quando impedidos em sua visibilidade, camuflam-se em partidos com outros nomes “bem inocentes”! Quando isso não fazem, seus militantes infiltram-se em partidos já existentes, tais como lobos travestidos de ovelhas. Eliminar um partido político, legalmente constituído, em meio a outros que continuam a existir, é fazer o jogo a favor do contrário. 
O que a situação requer é a abolição total dos partidos, tirando dos grupos o poder usurpado, que cabe ao povo exercer, por intermédio de seus legítimos representantes, dentro dos parlamentos. A sociedade humana é constituída por várias divisões (etnia, idioma, religião, nacionalidade, etc.), que poderiam conviver harmoniosamente, se não fosse a política dominada por grupos ou partidos do gênero (de todas as cores e tendências). Partidos políticos valem-se dessas divisões para insuflar o ódio, a discórdia e a cobiça, tudo isso a gerar miséria, da qual se valem para impor seu domínio. Partido político, ainda que angelical, constituído por anjos, não sugere democracia; ele se impõe ou quer se impor e dominar o todo. Toda e qualquer nação merece e tem direito a governo neutro, isento, dissociado de qualquer grupo ou facção filosófica, política e religiosa. 
PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!

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