Por Nylton Gomes Batista
Quem acompanha esta coluna, ativa há quase 34 anos, é testemunha do quanto aqui já se criticou, de forma contundente, o sistema político-partidário, no geral, mas especialmente o brasileiro. O responsável por ela nunca deixou de emitir sua opinião sobre o que considera uma rede de engodo e de manipulação do povo. Não foram poucas as vezes que o sistema foi classificado como podre, passando da hora de cair, mas continuava a causar o sofrimento do povo e travar o desenvolvimento do país. Muito antes dos grandes escândalos de corrupção, aqui já se falava que o sistema não era confiável, que a mentira (discurso) era dominante junto ao povo, enquanto por trás dos panos rolavam tretas e mutretas.
Fatos da mesma natureza se sucedem, na linha do tempo, podendo ou não chegar ao clímax, a depender do que possa acontecer no mesmo período. Tome-se como exemplo veículo, carente de manutenção preventiva e tendo ao volante um condutor menos cuidadoso, em início de grande viagem, Depois de rodar poucos quilômetros, o motor dá sinais de que algo não vai bem, mas a viagem prossegue; não é nada sério, segundo o motorista. Roda mais algum tempo e, novamente, mais problemas. Mecânico curioso, de beira de estrada, dá umas fuçadas no veículo e conclui que está pronto para rodar. O carro é posto em movimento, roda mais algum tempo e, ao iniciar a descida de longa ladeira, o condutor percebe que está sem freios e o carro dispara morro abaixo. No meio da ladeira, estoura um pneu dianteiro. Nem é preciso explicitar o que aconteceu: o veículo virou sucata, ao se despencar no abismo, não sem antes ter saltado o condutor, que escapou ileso. Sabia-se, de antemão, o que poderia acontecer, naquela viagem, mas nenhuma atenção se deu aos sinais.
O Brasil furreca (leia-se sistema político) vinha se desgovernando, há muito tempo, mas isso, nem de longe, mexia com os que dele se valiam na escalada ou na manutenção do poder. De tropeço em tropeço, chegou-se ao impasse: ou ata ou desata! Conserta ou deserta, conforme diziam mães zelosas ao filho rebelde, no tempo em que a autoridade materna era sagrada! À exceção de poucos parlamentares leais ao povo. ditos representantes (do povo ou dos respectivos partidos?), mantêm-se encastelados, como se nada do que ocorre tivesse a ver com o cargo que ocupam. Felizmente, o verdadeiro Brasil saiu da letargia. O gigante se levantou e agora sacode as pulgas! Tem tudo para assumir a soberania, reconhecida pela Constituição em seu Art. 1º, porém retirada pelo Art.17º, que trata dos partidos políticos.
É momento propício, a partir da solução deste imbróglio, para se reunir uma constituinte, encarregada de elaborar nova Constituição, da qual sejam banidos os partidos políticos e organizado novo sistema eleitoral com base em rede blockchain, sistema totalmente descentralizado e à prova de fraude. Intuitivamente, o povo se organizou de forma descentralizada (sem lideranças), tal como deve ser na democracia aberta, incluindo-se aí o sistema de votação, o que tem deixado o “governo paralelo” às tontas, porque quer punir lideranças que, diga-se de passagem, não são encontradas porque não existem. Com sacrifícios em suas vidas e atividades diárias, tendo como meta sua soberania, o povo solidariza-se nas ruas ao fazer política como deve ser, sem ingerência partidária e sem temor, apesar do que faz o “governo paralelo”. Enquanto isso, partidos políticos desfazem compromissos e fazem novas alianças, de forma a garantir seu naco de poder, no novo quadro que se configura, à parte da realidade nas ruas; o povo e sua soberania que se lasquem! Partidos políticos não foram feitos para atender o povo, mas, sim, aos seus propósitos de poder, não importa por quais meios, incluindo-se a luta fratricida. Daí a divisão do povo, da humanidade, em dois lados: esquerda e direita, cada qual a querer destruir o oponente. Que, a exemplo da esfera que só temo lado de dentro e o lado de fora, indivíduo (pessoa) e coletivo (humanidade) excluam a esquerda e direita, que separam na política, e se concentrem nos lados de dentro (essência divina) e de fora (essência humana). O Brasil está no rumo da democracia aberta!
PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!