Embora se apresente sob diversas raças, etnias, credos, culturas e os idiomas que, de certa definem territórios entre os quais, de acordo com as características anteriores, está distribuída no planeta, a espécie humana é uma só. Dentro de cada território ou país, o povo merece ser governado, uma vez que governo é necessário, de forma neutra, sem vínculo com quaisquer das características já mencionadas. As ações de governo devem ser tomadas, ouvido o consenso popular manifestado pelos representantes nos parlamentos. É uma questão de justiça, pois todos os indivíduos têm direitos iguais dentro da sua espécie.
Em assim sendo, é ilógico que se criem e se mantenham grupos, constituídos em torno de ideias específicas, com o objetivo único da disputa e conquista do poder de governo. Para que haja paz, harmonia e consequente desenvolvimento, os ideais políticos devem estar bem diluídos na sociedade, não se sobressaindo em grupos, como sempre aconteceu em todo o mundo. Por querer impor poder sobre todos, grupos políticos levaram povos à guerra. O maior exemplo disso foi a Segunda Grande Guerra, provocada por um partido, uma ideologia que, contrariando princípios mais sagrados em torno do ser humano, elegeu uma raça como suprema, que deveria dominar todo o mundo. Em nome dessa insanidade cometeu outra: o extermínio seletivo e coletivo de milhões de pessoas inocentes! Outros grupos políticos provocam convulsões internas com promessas de desenvolvimento, mas o que fazem é a escravização das populações dominadas. Todas as ações convulsivas e bélicas têm no comando um grupo político.
Para ser salutar a todo um povo, promovendo o desenvolvimento com justiça, a política há que ser exercida por toda a coletividade, formada por indivíduos livres para pensar e se expressar, sem que se organizem em grupos, para que não anulem e não inibam outras ideias, outros pensamentos. Em ambiente assim, aberto a todos, poderiam coexistir todos os “ismos”, e, todos os “istas” poderiam dar sua parcela de colaboração, pois, independentemente de seu pensamento político, todos têm algo de bom a ensinar, a oferecer, a doar.
Até o passado mais recente, não seria possível o vislumbre de algo parecido, ou seja, uma democracia sem partidos, mas as circunstâncias mudaram e tendem a mais mudanças. A intermediação entrou em processo de falência, praticamente em todos os setores, a começar pela indústria da editoração, que dá lugar ao próprio autor, que se vale de uma das plataformas existentes e edita sua obra. Muitos outros produtos já passam do produtor ao consumidor, sem passar pelo intermediário, incluindo-se até veículos. Mas, antes, veja-se o caso mais visível de desintermediação: na área da comunicação (jornais, rádio e TV), o intermediário era o repórter, substituído pelo consumidor dentro das redes sociais. Em outra ocasião, foi dito aqui que as lojas de rua (lojas físicas) vão desaparecer, a começar do vestuário, mobiliário, eletroeletrônicos. No setor do vestuário, por exemplo, o consumidor voltará a se calçar e se vestir, sob medida, como antigamente, substituindo-se alfaiate e costureira por grandes fábricas. Máquina para se tomarem medidas, automaticamente, já existe! Corretores de imóveis que se cuidem (dói no meu calo)! Pensam ser exagero? Pois advogados também terão seu campo restrito a causas e processos complexos; casos mais simples serão resolvidos, automaticamente, mediante emprego da inteligência artificial.
Agora, que cada um faça a si mesmo a pergunta: se tudo tende a se resolver, diretamente, entre as partes interessadas, por que então continuarem os partidos políticos metidos entre os cidadãos e o aparelho governamental? Bem ou mal, partidos políticos cumpriram o seu papel, quando não havia um elo eficiente entre o povo e o parlamento (nos três níveis). A deficiência foi superada graças às mais recentes tecnologias. Parlamentares ainda decidem e votam de acordo com a orientação partidária, pois os partidos tudo podem, à revelia do que pensa e deseja o povo. Sem os partidos metidos no meio, os parlamentares atuarão em consonância com o povo, do qual poderão emergir os melhores e mais capazes agentes políticos. Todas essas mudanças se farão graças às redes “blockchain”, tecnologia que surge para descentralizar administrações, eliminar intermediários, dar transparência, imprimir confiança, dar segurança às atividades e negócios humanos.
PARTIDOS POLÍTICOS JÁ FIZERAM MAL DEMAIS À HUMANIDADE!