A mineradora Vale inaugurou nesta quinta-feira (4) a mina Capanema, em Ouro Preto, marcando o início de uma nova fase da empresa em Minas Gerais. Com investimentos previstos de R$ 67 bilhões até 2030, a companhia aposta em inovação, sustentabilidade e segurança para transformar suas operações no Estado.
A mina Capanema, que estava paralisada há 22 anos, foi reativada com aporte de R$ 5,2 bilhões. A unidade operará com tecnologia de umidade natural, sem uso de água ou geração de rejeitos, eliminando a necessidade de barragens. A produção estimada é de 15 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
Durante a cerimônia de inauguração, que contou com a presença do governador Romeu Zema, a Vale destacou que os investimentos incluem modernização dos cinco complexos operacionais em Minas, ampliação da mineração circular e redução do uso de barragens de 30% para 20%.
A empresa também reforçou seu compromisso com a descarbonização da indústria siderúrgica, por meio da produção de minério de alta qualidade para rotas de redução direta. Desde 2019, cerca de 60% das estruturas a montante já foram descaracterizadas, e todas as remanescentes estão inativas e sob monitoramento contínuo.
Minas Gerais responde por 80% da produção circular da Vale, que já reaproveita rejeitos em iniciativas como a Areia Sustentável e a Fábrica de Blocos em Itabirito. Em 2025, foram produzidas 9 milhões de toneladas a partir dessas fontes, com expectativa de que 10% da produção total venha de materiais reaproveitados até o fim da década.
Com 63 mil empregados no Estado, a Vale representa 3,5% do PIB mineiro. Além da mineração, a empresa investiu R$ 370 milhões em projetos culturais entre 2020 e 2024, beneficiando mais de um milhão de pessoas em 45 municípios. A companhia também mantém 73 mil hectares de áreas verdes protegidas em Minas, incluindo 13 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).