O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos (Assufop) radicalizam manifestações em Ouro Preto enquanto governo federal determina a ilegalidade da greve e o retorno de 70% dos servidores ao trabalho
A grave dos servidores da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) caminha para os seus 60 dias de duração, mas o governo federal quer abortar o movimento atualmente liderado pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), à qual o sindicato da Ufop (Assufop) é filiado. O governo ajuizou esta semana uma ação no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para que a grave seja declarada ilegal ou que 70% dos servidores retornem ao trabalho, já que as universidades como um todo enfrentam uma série de dificuldades em relação à prestação de serviços essenciais, colocando em risco o reinício das aulas.
A ação ainda propõe multa diária de R$ 100 mil aos sindicatos. Por outro lado, o comando de greve da Assufop manterá a paralisação em Ouro Preto por tempo indeterminado e, segundo informação, radicalizará o movimento e ações de rua, conforme orientação do Comando Nacional. De acordo com a Fasubra, “a instituição não recebeu notificação oficial sobre a ação judicial”.
Na última quinta-feira, 21, os servidores técnico-administrativos da UFOP ocuparam a reitoria, realizaram “apitaços” e estenderam faixas e cartazes em frente ao prédio em defesa da pauta do movimento, que contempla entre outras reivindicações o reajuste do piso da categoria em pelo menos três salários mínimos e a abertura de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. Durante o ato, o reitor da UFOP, João Luiz Martins recebeu os integrantes da Assufop, ocasião em que discutiram, democraticamente, a conjuntura atual dos direitos dos servidores das universidades federais. O reitor da UFOP é atualmente presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes).
