Há cerca de cinco anos, iniciativa da Associação Santa Luzia Esporte Clube tem atraído centenas de crianças e adolescentes no distrito de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto. O trabalho dos voluntários tem como objetivo incentivar a prática esportiva e manter os jovens longe da criminalidade.
Atualmente, o projeto social ensina futebol a 120 crianças e jovens, de sete a 20 anos, que são divididos em cinco modalidades, de acordo com a idade. Os atletas treinam todos os sábados de 8h às 12h e participam de amistosos e campeonatos pela região. O idealizador do projeto, Márcio Júnior, o Juninho, educador físico, destaca que o “projeto é uma forma de criar e motivar as habilidades no esporte e, acima de tudo, representa uma forma de oferecer apoio e opção de futuro a esses jovens”. Os atletas diferenciados, com mais destaque na equipe, ainda são beneficiados com aulas de musculação gratuitas em uma academia do distrito.
Mesmo com a grande procura pelo projeto, Juninho aponta as dificuldades de desenvolver um trabalho social sem muito apoio. “Nós somos profissionais qualificados, formados, com o diferencial que os meninos precisam. É uma responsabilidade muito grande. Precisamos de mais apoio, de mais voluntários para continuar o trabalho. Cada um pode ajudar como puder, seja com o tempo, com lanche. Todo apoio é sempre bem vindo. Temos recebido alguns suportes privados, mas não é garantia sempre”, ressalva. Outro grande problema apontado pelo voluntário é a falta de estrutura do local de treinamento, que está totalmente abandonado.
Para participar do projeto, e até mesmo dar apoio, basta comparecer ao campo do oratório no horário de treinamento, todos os sábados, de 8h às 12h, e procurar o Juninho.
Fazendo a diferença
Segundo definição das Nações Unidas, voluntário é o cidadão que, motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e comunitário.
O trabalho voluntário reforça a solidariedade e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e humana. “É gratificante ver que um gesto simples faz a diferença na vida de muitos jovens e isso é que não me deixa desanimar”, assegura Márcio Júnior.
