A Prefeitura está recuperando mais um elemento característico da paisagem tradicional de Ouro Preto: a mureta da rua Teixeira Amaral, complementando o projeto de reurbanização planejado para a rua São José, conforme projeto aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Secretaria de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano.
A intervenção objetiva o resgate das feições das muretas dos espaços públicos ouro-pretanos que apresentam largura significativa capeadas com lajes de pedras. É possível encontrar vários exemplos desse tipo no Centro Histórico, como nas ruas Getúlio Vargas, Tenente Periquito e Gabriel Santos, adro da Igreja de Mercês de Cima, adro do Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, entre outros.
De acordo com o secretário de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano, Gabriel Gobbi, “a proteção existente no local tratava-se de intervenção ocorrida já no século XX quando o sobrado em estilo colonial foi construído, demolindo a mureta original e instalando a balaustrada composta por painéis vazados pré-fabricados, comumente encontrados nas estruturas arquitetônicas de tipologia ferroviária”.
Para o prefeito Angelo Oswaldo, “a ação é mais um resgate paisagístico que aperfeiçoa, aprimora a paisagem urbana e integra Ouro Preto dentro da sua linguagem singular e harmônica. É mais um ponto de destaque na valorização da rua São José no coração da cidade”.
Além das obras executadas na rua São José de saneamento básico pelo Semae, contemplando a construção de redes de esgotamento sanitário separadas das galerias de águas pluviais, foram também construídas redes para combate a incêndios, novas redes de água potável e redes de fibra ótica pela Cemig Telecom. Para maior conforto, segurança e acessibilidade dos pedestres, em especial dos idosos, portadores de necessidades especiais (PNE) e cadeirantes, os passeios foram alargados, bem como construídas áreas de carga e descarga e vagas acessíveis a PNE, com rampas adequadas.
Ainda estão previstas obras de instalação de piso podotátil (destinado a portadores de deficiência visual) e colocação de lajotas de quartzito nas travessias elevadas para maior conforto dos usuários, conforme recomendado pela juíza da 7ª Vara Federal, Dr.ª Dayse Starling Lima Castro.