Imagem: Marcos Delamore / Por: Marcos Delamore
O Museu da Inconfidência reabrirá suas portas para receber a visitação do público no dia 30 de julho, após um período de reformas emergenciais. A reabertura do espaço tem as presenças confirmadas do Procurador-Geral de Justiça, Paulo de Tarso Morais Filho, do prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV), e do diretor do Museu, Alex Calheiros.
Em janeiro deste ano, o espaço foi temporariamente fechado para o processo de restauração completa do complexo arquitetônico e paisagístico, execução de intervenções de prevenção contra incêndio e pânico, revisão das instalações elétricas, pintura das alvenarias e limpeza das cantarias das fachadas. Além disso, o espaço passou por um processo de revitalização, assegurando a preservação dos bens integrantes do patrimônio cultural do Estado.
A primeira etapa de reabertura do prédio histórico aconteceu, no dia 05 de julho, de forma gradual e os visitantes tiveram acesso, apenas, a uma área restrita e à Sala Afro-brasileira, um ambiente que mostra a projeção da Arte Barroca do século XVIII na cultura mineira, especialmente numa linha de produção afro-mineira e afro-brasileira.
No coração da Praça Tiradentes, o imponente edifício do Museu da Inconfidência ganhou uma nova instalação permanente, dedicada às contribuições culturais, artísticas e históricas das populações afrodescendentes em Minas Gerais. A mostra “Afro-brasilidades: arte e memória na encruzilhada” dispõe de, aproximadamente, cem obras, que refletem o cuidado e o compromisso da instituição com a diversidade e a democracia cultural.
O Museu da Inconfidência foi construído originalmente entre 1785 e 1855 para funcionar a Casa de Câmara e Cadeia de Ouro Preto. Em 1944, foi inaugurado o museu para preservar, pesquisar e divulgar objetos e documentos relacionados à Inconfidência Mineira.
As reformas garantiram o resgate da memória, da arte, da cultura e dos valores de Ouro Preto, por meio de um olhar voltado a salvaguardar a identidade local e o patrimônio histórico do município e do país. Outras mudanças foram realizadas no que diz respeito à ampliação das leituras sobre o passado e à promoção da visibilidade de memórias historicamente silenciadas, a partir das narrativas dos acontecimentos históricos vividos na Cidade Patrimônio Mundial.
A unidade, vinculada ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), ainda não divulgou os horários de visitação. A programação contempla todas as exposições e a entrada é gratuita para a população, turistas e estudantes.