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Moradora de Cachoeira do Campo desconfia da qualidade da água

Semae garante que resultados das análises estão dentro do estabelecido pelo Ministério da Saúde

Uma moradora do distrito de Cachoeira do Campo, desconfiada da qualidade da água que saía das torneiras de sua casa, resolveu fazer, por conta própria, uma análise desse material. O resultado confirmou a sua suspeita. O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) de Ouro Preto afirmou que também realizou análises, e que os resultados estavam dentro do padrão.

A suspeita surgiu em novembro do ano passado, quando a moradora relatou que outros moradores também tiveram problemas. “Nessa época, a água estava turva e algumas pessoas e principalmente crianças começaram a passar mal, com diarréia”, conta a moradora. “Eu então parei de tomar dessa água e resolvi pagar uma análise, realizada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabirito”, ressalta. A água analisada foi retirada da cozinha da denunciante e encaminhada à autarquia de Itabirito.

O Semae informou que no distrito existem duas Estações de Tratamento de Água (ETA) e vinte pontos de coleta para monitoramento, que são realizadas uniformemente ao longo do mês para melhor amostragem possível.

A autarquia ainda afirma que na data a que se refere o laudo da denunciante, não houve nenhuma alteração nas análises da água realizadas pelo SEMAE-OP, ‘assim como não houveram reclamações neste sentido’, reforça em texto. “É importante frisar que a análise realizada pelo SAAE de Itabirito, foi proveniente da coleta efetivada pela própria requerente da análise. Sendo assim, não houve um responsável técnico para garantir a coleta apropriada, conforme ‘Manual Prático de Análise de Água’ da FUNASA”, pontua o Semae.

O Semae ainda alegou que não se responsabiliza por contaminação dentro das residências, “uma vez que não é possível monitorar a limpeza adequada de cada reservatório residencial”.

Uma nova coleta foi feita na casa da moradora, em dezembro do ano passado e, de acordo com o Semae, a moradora acompanhou todos os procedimentos igualmente realizados na torneira que recebe água direto da rua e da torneira da cozinha, e que nenhuma irregularidade foi constatada. “Porém, a moradora alegou ter higienizado seu reservatório logo após ter realizado o pedido de análise no SAAE de Itabirito, portanto, não é passível de comparação e sim de constatação da qualidade da água recebida pela moradora”, finaliza a autarquia.

A moradora afirmou que o Semae esteve na sua residência na segunda-feira (15) para apresentar a análise da água feita pela autarquia. Segundo ela, o resultado apresentado mostrou que a água da rua não deu nenhuma alteração, mas da sua torneira sim. “Eles alegaram que talvez a caixa d’água da residência não foi lavada adequadamente”, revela. A moradora ainda ressalta que entrou com uma ação no Ministério Público para que a Justiça investigue a qualidade da água no distrito.

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