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Indicação de vereador causa bate boca em reunião do Legislativo

Indicação de vereador causa bate boca em reunião do Legislativo

Vereador Roberto Leandro solicitou que verba excedente da Câmara seja transferida mensalmente ao executivo

A indicação 100/2015, do vereador Roberto Leandro, causou alvoroço na reunião da Câmara da segunda-feira (18). Com o pedido de que a verba excedente do Legislativo seja repassada ao executivo municipal, reforçando o orçamento da saúde, Roberto teve a indicação reprovada pelos pares.

O vereador solicita que a verba excedente do Legislativo fosse destinada mensalmente ao executivo. A justificativa do documento é que com a queda da arrecadação municipal, devido à crise, esses recursos reforçariam os cofres públicos, principalmente na área da saúde, tendo foco em fortalecer a parceria com o Hospital Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto, que volta a enfrentar dificuldades financeiras.

A maioria dos vereadores foi contra e precisou até mesmo do parecer jurídico da Casa para avaliar a situação. “Obrigatoriamente se houver excedente financeiro do Legislativo, ele é devolvido ao município. Mas não há uma data fixa definida para que isso ocorra. Porém acontece no ano subsequente, isso quando há excedente”, explicou o assessor jurídico da Casa, Gustavo Cardo. “Com a queda de arrecadação é preciso fazer uma análise do que foi empenhado pela Câmara e quais são as rubricas, ações e programas que estão no orçamento aprovados para este ano pela Câmara, para assim verificar se há os excedentes”, completou o assessor. Gustavo destacou ainda que antecipar o repasse do excedente pode ser um risco, pois poderia gerar uma dificuldade de fechamento das contas, o que pode debilitar o caixa do legislativo, visto que ainda estão no mês de maio.

Já o vereador Leo Feijoada (PSDB) que é do mesmo partido de Roberto, afirmou que o problema da Santa Casa é a falta de uma gestão eficiente. “Muitos vereadores não tem coragem de dizer, mas enquanto uma máfia tiver instalada na Santa Casa, e chamo de máfia muitos médicos, o problema não será resolvido. Como pode um doutor dar plantão e receber por esse plantão duas vezes, três e até mesmo quatro vezes?, É um absurdo”, frisou Leo. “Vamos dar direito a quem tem direito. Estão enganando a gente. Marcelo (Provedor da Santa Casa) é companheiro, mas não está tendo coragem de falar, infelizmente, pois também é refém dos médicos. A Santa Casa está sendo solidaria com o nosso povo? Nossas crianças estão tendo que nascer em Mariana. Está uma vergonha, ninguém tem é coragem de falar”, denunciou Feijoada.

A vereadora Solange Pereira (PPS) que também votou contra, destacou que se o excedente do Legislativo puder ser carimbado, ou seja, definir onde será aplicado, todos os vereadores terão direito a fazer a solicitação.

O Presidente da Casa, vereador Thiago Mapa (PP), tentou apaziguar os ânimos. “A gestão tem que ter bom senso. Neste momento devemos evitar a queda de braço e resolver a situação, pois quem mais sofre com isso é a população”, conclui Mapa.

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