Procissão Eucarística percorre entorno da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto
Como tradição das Ordens Terceiras e ato de piedade popular, a Procissão da Rasoura encerrou no dia 16 de julho as solenidades em louvor a Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto. Após a Missa Festiva, a curta procissão leva fiéis a percorrerem o entorno da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, acompanhados pela Corporação Musical Senhor Bom Jesus das Flores.
Na saída da Igreja do Carmo, há o toque do Hino Nacional Brasileiro. Segundo o vice-prior da Venerável Ordem Terceira da Senhora do Carmo, Francisco Eduardo de Almeida, esta é uma forma de suplicar as bênçãos para o Brasil e demonstrar que o país se curva diante do Santíssimo Sacramento, que também é transportado durante a Procissão, um destaque da Rasoura. A chegada é marcada com a entoação, acompanhado por Coro e Orquestra, no Te Deum, hino de ação de graças.
Além da programação religiosa e cultural das solenidades, a Ordem divulga o acervo artístico e histórico da igreja e da cidade. Neste ano, a Ordem selecionou como figura ilustrativa das festividades a cena em que a Virgem Maria aparece a São Pedro Tomaz e revela que ele guardaria a religião e a ordem até o fim. A frase pode ser vista em latim no azulejo português da capela mor de Nossa Senhora do Carmo, única igreja em Minas que utilizou esse tipo de material na decoração em seu templo.
As Ordens
As Ordens Terceiras são associações de leigos ligados a Ordens Religiosas. Possivelmente, inspiraram-se os terceiros nas procissões que frades e monjas realizavam no interior dos conventos. A Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo de Ouro Preto, ligada à Ordem dos Carmelitas, incluiu esta prática de piedade e devoção em sua história. No passado a Procissão tinha caráter penitencial, mas para Francisco Almeida, mais que isso, a procissão tem também um caráter de demonstração de fé a Deus. “Celebramos em 2013 o ano da fé, esperamos que a Rasoura nos ajude a progredir e perseverar na confiança em Deus”, explica.
