A notícia de que a agência dos Correios de Cachoeira do Campo fecharia as portas causou um misto de sentimentos negativos nos moradores do distrito. A informação ganhou destaque na última semana, e um vídeo que circula na internet, onde o presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirma que a agência não irá fechar, trouxe alívio à comunidade.
Mas, o departamento de comunicação dos Correios afirmou na quarta-feira (29) que o encerramento das atividades da agência de Cachoeira seria no dia 30 de junho. O serviço no distrito era frequente tema de reclamações dos moradores, principalmente com relação às entregas.
A assessoria ainda reforçou que a medida objetiva a redução de custos em virtude da situação financeira delicada atual dos Correios, que está com uma dívida de R$ 4 bilhões. A fusão de agências, de acordo com os Correios, ocorre “para reverter o cenário financeiro da empresa, visando garantir a manutenção e a qualidade dos serviços à sociedade”.
Em princípio, em Minas Gerais, ao todo, seriam fechadas 27 agências até novembro deste ano. Ao mesmo tempo, o governo sinaliza a possibilidade de privatização da empresa, segundo a imprensa especializada.
Contradição
Na tentativa de reverter a situação, os vereadores Vantuir Antônio e Marquinho do Esporte estiveram em Brasília, no dia 28. Na ocasião, os vereadores gravaram o vídeo com participação do Deputado Federal José Silva e o presidente dos Correios, que garantiu que a agência no distrito não seria fechada.
Após a gravação e o comunicado do dia 30, os Correios complementaram, novamente via assessoria, que “os estudos sobre fusões de agências estão sendo revistos… a relação de agências divulgada teve base em estudos que indicaram a superposição de unidades em municípios com mais de 50 mil habitantes. Essas unidades poderão ser substituídas por atendimentos alternativos, a exemplo da instalação de guichês de agências franqueadas ou agências comunitárias em parceria com as prefeituras, dependendo do caso. Para tanto, os Correios realizarão estudos e poderão desencadear a substituição das agências próprias pelas alternativas citadas toda vez que as necessidades apontadas pelas comunidades locais forem comprovadas. É certo que os Correios não deixarão nenhum município desassistido”.