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Explore Minas: Conheça Jéssica Rodrigues, a viajante que leva Ouro Preto no coração

Explore Minas: Conheça Jéssica Rodrigues, a viajante que leva Ouro Preto no coração

Imagem: Instagram/Explore Minas / Marcos Delamore

Nessa entrevista, Jéssica destaca o que mais a motiva, revela a cidade que mais ama e dá dicas interessantes de roteiros turísticos para fazer em Ouro Preto e em Minas Gerais.

Jéssica Rodrigues é natural de Belo Horizonte (MG), mas se denomina como ouro-pretana de coração. Apaixonada por Minas Gerais, ama admirar e explorar as belezas do estado diamante. Criadora de conteúdo digital sobre viagens, cultura e gastronomia mineira e brasileira, possui um passaporte repleto de carimbos e vivências.

Ao lado de seu marido Felipe e de seu filho Samuel, a influenciadora compartilha experiências de viagem, hospedagem, passeios e dicas de gastronomia para mais de cem mil seguidores nas redes sociais.

O LIBERAL: Conte-nos um pouco de quem é a Jéssica Rodrigues e sua história.

JÉSSICA RODRIGUES:Meu nome é Jéssica Rodrigues, sou natural de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Sempre gostei muito de falar, de me comunicar e de turismo. Sou curiosa, inquieta, e gosto muito de curiosidades, de descobrir a história das coisas.

O meu começo, nesse mundo da internet, foi engraçado. Comecei fazendo alguns sites de fanclubs para as minhas amigas. Depois, eu tive um site e um Instagram de dicas de beleza, até eu me reencontrar no turismo.

OL: O que te motivou a criar o Explore Minas?

JR: Não tem como eu falar do Explore Minas sem falar de Ouro Preto. Porque começou pelo meu amor por Ouro Preto. A ideia inicial era criar um Explore Ouro Preto, e depois eu pensei em fazer um perfil de repost. Conversando com o Felipe, que hoje é meu marido, mas, na época, era meu namorado, há 10 anos atrás, ele falou: “Ouro Preto vai ficar muito limitado. Então, por que a gente não faz o Explore Minas? Destacando Ouro Preto, que você ama tanto”. Foi assim que a gente começou. No Explore Minas, a gente divulga o que a gente acredita, o que a gente usa.

Pensamos no nome Explore Minas Gerais e achamos muito grande. Reduzimos para Explore Minas. Começamos com o repost de publicações, na qual as pessoas que usavam a hashtag #exploreminas, a gente fazia uma curadoria daquelas fotos, pedia autorização para repostar a foto, valorizando o fotógrafo, seja ele profissional ou amador, e dava dois destaques por dia. Mas sempre tinha que ter Ouro Preto. Por isso que eu falo que não tem como falar do Explore Minas sem falar de Ouro Preto, porque a ideia inicial era falar de Ouro Preto, exclusivamente.

OL: Como se deu seu primeiro contato e a sua relação com Ouro Preto?

JR: Eu fui a Ouro Preto, pela primeira vez, aos 11 anos. A minha prima fazia um cursinho pré-vestibular na paróquia do bairro, e tinha uma excursão para Ouro Preto, na qual podia levar uma acompanhante e ela me levou. Quando eu cheguei na rua Padre Rolim, naquela viradinha para o Museu da Inconfidência, a cerração estava baixinha e os raios de sol batendo assim, eu me apaixonei. A sensação que eu tive foi que eu já tinha vivido aquilo, não foi uma sensação de conhecimento, mas de reconhecer, de pertencimento. Foi exatamente esse sentimento. Desde então, eu fiquei muito apaixonada e eu gosto de tudo.

Eu fiquei muito tempo sem ir e só fui voltar aos 21 anos, já com o Felipe. Mas aquele amor pela cidade ficou guardado dentro de mim. Eu voltei e, depois, não parei mais. Pelo menos, quatro vezes por ano, desde esse dia, a gente vai para Ouro Preto. Eu me sinto em casa, é como se fosse minha casa. Eu me reconheci muito na cidade. No aniversário de um ano de casamento, comemoramos em Ouro Preto. Foi basicamente assim que começou o meu amor pela cidade.

OL: O que mais te marcou em Ouro Preto?

JR: Eu sou uma pessoa que gosta muito de música. Em uma oportunidade, eu estava em um barzinho no centro da cidade e tava tocando a música do Paralamas do Sucesso, com o Djavan, “Uma brasileira”. Até arrepiei aqui, agora. Naquele exato momento, juntou as minhas duas paixões. Toda vez que eu escuto essa música, eu me transporto para aquele momento. Isso é uma coisa que me marca muito. Eu lembro de Ouro Preto, eu lembro desse exato momento. Eu nem preciso fechar os olhos para lembrar da cena toda.

Eu também tive a oportunidade de ir no último show do Skank, no Centro de Convenções, e o vídeo que eu fiz falando sobre Ouro Preto e a apresentação foi parar na página oficial deles. Eu queria ter a experiência de ver o Skank em Ouro Preto. Meu filho chama Samuel por causa do Samuel Rosa.

OL: Qual foi a importância de Ouro Preto para sua vida pessoal e profissional?

JR: Ouro Preto, para mim, é a porta de Minas Gerais, é um cartão postal do país. Eu já fiz muitos trabalhos que as pessoas pediam para incluir Ouro Preto, por toda a importância da cidade, mas também pelo meu amor pela cidade. A maioria das publicidades que eu faço tem Ouro Preto no meio. As marcas já chegam interessadas na cidade e em mostrar a cidade através do nosso olhar.

OL: Como você vê Ouro Preto?

JR: Eu acho que Ouro Preto tem um pouquinho de cada coisa de Minas. É muito importante para o nosso estado e tem muita mineiridade, história, cultura e natureza. Tem de tudo um pouco.

OL: O que te motiva a fazer esse trabalho?

JR: O amor que eu tenho pelo meu estado. A cidade que eu mais amo é Ouro Preto, mas eu amo muito Minas Gerais, eu amo ser mineira, eu amo a cultura do nosso estado. Meu país, Minas Gerais. É um território imenso, repleto de cidades, diversidade, de tudo. É o meu amor pelo estado.

Eu queria poder, pelo menos duas ou três vezes no mês, sair por aí e mostrar cada cantinho, mas são 854 municípios, fora os distritos. A gente vai tentando mostrar um pouquinho de cada coisa. A gente tende a mostrar curiosidades importantes e contar a história de um jeitinho mais divertido.

OL: Qual é um roteiro indispensável para se fazer em Ouro Preto?

JR: Pelo o que as pessoas me pedem de roteiro, pela questão da mobilidade, eu acho indispensável: Igreja de São Francisco de Assis, Feirinha de Pedra Sabão, Casa de Gonzaga, Museu da Inconfidência, Casa dos Contos, Horto dos Contos e a Basílica de Nossa Senhora do Pilar.

Com mais calma, as pessoas podem conhecer: Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Museu do Oratório, Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Museu Casa Guignard.

OL: Qual foi o roteiro que mais te surpreendeu?

JR: Diamantina, Serro, Lima Duarte e Carranca. Em Patrocínio, a Rota do Café foi muito marcante para mim. Ver as fazendas, ver o processo das pessoas, a história das pessoas ali que começaram pequenininhos e cresceram. Você pode acompanhar ali do pé à xícara, literalmente, e fazer um mini curso de café. Os restaurantes têm pratos feitos com café. Um passeio que eu fui, que eu gostei, eu aprendi e gostaria até, inclusive, de fazer de novo e recomendo para quem gosta desse mundo cafeeiro.

OL: Como você pensa seus roteiros?

JR: Eu sou uma pessoa que penso o tempo todo. A pessoa ou a marca explica a ideia e a minha cabeça já pensa. Depois, eu só coloco no papel. Também procuro algumas inspirações, informações. Costumo dizer que o trabalho que a gente faz no Explore Minas vai mais para o lado jornalístico, com pesquisa, um olhar mais aprofundado da história de pessoas e curiosidades.

OL: Quais foram as principais marcas que você trabalhou em parceria?

JR: GNT,Buser, 99, Quinto andar, SKY, Popeyes, Café Barão, Três Corações, Melita, Quero Passagem, Viagem Guanabara, Paineiras Corcovado, com o Bondinho do Pão de Açúcar, Rio Quente Resorts, Hot Park, Esquilo Hotel, Track & Field.

OL: O que é o Explore Minas Viagem?

JR: Uma coisa que a gente fez foi abrir o leque no Explore Minas para explorar outras cidades do Brasil. Já fomos para o Rio de Janeiro, São Paulo, Gramado e Rio Quente. Conseguimos parcerias em São Paulo e Rio de Janeiro. Então, o nosso trabalho aqui com Minas Gerais abre portas também em outros estados.

OL: Como você analisa a sua trajetória?

JR: Uma trajetória de garra, de superação, de muita coragem e de muito amor por Minas Gerais, que foi o principal motivo para criar essa página. Na imensa maioria das vezes, as pessoas não vêm os bastidores, é muito trabalho. Você vai ver um vídeo de, no máximo, um minuto e meio, mas esse vídeo demorou dias para ser feito. Ele tem que ser todo roteirizado antes. Eu não saio de casa sem fazer um roteiro. Então, é um vídeo que ele começa a ser pensado muito antes. É um trabalho muito grande por trás.

Quando eu falo de garra e coragem, é porque muita das vezes já deu vontade de desistir. Eu trabalhava e 4 meses depois, acabou a minha licença maternidade e eu fui demitida. Fiquei sem saber o que fazer, porque eu estava com uma criança nos braços e eu falei: “Como que eu vou fazer?” Eu já tinha o Explore Minas, mas eu não tinha tempo de me dedicar dessa forma. Esse aqui vai ser o meu trabalho 100% e eu tive coragem de ir.

Então, é uma trajetória de muito amor, dificuldades, garra, de muitas vitórias também, de chegar em lugares que a gente nem imaginava, de trabalhar com marcas incríveis e, o principal, conhecer as pessoas, as histórias, se aproximar e criar vínculos. Eu gosto muito da Anne Souz, que conheci através do Explore Minas. Enfim, conheço várias pessoas, e é isso que me motiva.

OL: Quem é a Jéssica para além do Explore Minas?

JR: Pergunta difícil! Mas a Jéssica é mãe, é esposa, é viajante, ama turismo, ama Ouro Preto e é mil e uma utilidades. Eu me considero uma pessoa muito dedicada, muito amorosa em tudo que eu vou fazer, perfeccionista, muito atenta aos detalhes. Claro que erro bastante, erro tentando acertar, mas o importante é que eu sempre tenho para mim, eu sou uma pessoa que eu acredito muito nas outras pessoas, na vida, o amor mesmo que me move.

OL: Como você resumiria o ano de 2025 para a página?

JR: Foi um ano de crescimento para mim. Eu sou muito grata. Os outros anos foram bons também, mas este ano foi melhor em questão de quantidade de publicidade, para poder continuar desenvolvendo meu trabalho. Ver que marcas tão legais gostaram do meu trabalho e quiseram se atrelar ao Explore Minas é muito legal, é um termômetro muito bom para saber que a gente está no caminho certo.

Neste ano, a gente atingiu 100.000 seguidores. Queremos ser referência para as pessoas pensarem em Minas Gerais e lembrar do Explore Minas. Então, foi um ano muito bacana.

OL: O que você projeta para o próximo ano?

JR: Eu planejo trabalhar com mais marcas grandes, poder viajar mais, conhecer mais cidades, trazer mais curiosidades e histórias dessas cidades, ter mais condições e visibilidade.

OL: Você, como ouro-pretana de coração, o que você leva de Ouro Preto no coração?

JR: Outra pergunta difícil! Uma cidade muito acolhedora, um povo muito acolhedor, receptivo, e aberto a amizades. Antigamente, a minha relação com a cidade começou mais pela história do lugar, mas agora é como um todo. Porque eu me aproximei muito da cidade, das pessoas da cidade. Minha amiga até fala: “Qualquer coisa que eu precisar saber de Ouro Preto, eu pergunto para você”. É como um todo, é uma segunda casa para mim. Engloba tudo, toda a história do passado e do presente, as pessoas, os presentes que Ouro Preto me deu.

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