Imagem: Rondon Marques
Por: Lucas Porfírio
A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) tem promovido a saúde mental e o desenvolvimento psicomotor por meio do Espaço de Psicomotricidade. Sob a coordenação da professora Siomara Aparecida da Silva, pós-doutora em Ciências do Movimento Humano, o projeto busca oferecer acolhimento e atendimento a diferentes públicos, abrangendo desde a comunidade acadêmica até crianças com transtornos do neurodesenvolvimento.
O que é psicomotricidade?
De acordo com a professora Siomara, “a psicomotricidade é uma ciência que interage a parte motora e a parte emocional sentimental. Através de uma prática da psicomotricidade, a gente trabalha uma integração social, emocional, cognitiva, fazendo com que o sujeito fique bem com ele mesmo, se conheça, conheça suas limitações e faça um processo de estabilização, que é o que a gente mais quer e busca para todo mundo: uma saúde mental bem positiva”.
O método tem sido amplamente utilizado no atendimento a crianças, pois está diretamente relacionado ao desenvolvimento neuromotor. Além disso, também é aplicado em idosos, jovens e adultos. “Aqui na UFOP, a gente tem um programa de saúde mental, com a intervenção minha como psicomotricista, para equilibrar as emoções, ansiedade e estresse, principalmente dos nossos estudantes e da nossa população como um todo”, explica a professora.
Público-alvo e atividades oferecidas
Inicialmente, o projeto Saúde e Movimento atendia exclusivamente a comunidade acadêmica da UFOP. No entanto, em 2025, a iniciativa foi ampliada para incluir o projeto Mini-Movers, que atenderá crianças com diagnóstico de deficiência ou transtorno de neurodesenvolvimento. “Essas crianças serão atendidas tanto na piscina, que a gente sabe também dos benefícios das atividades aquáticas para esse público, quanto no espaço de psicomotricidade”, afirma Siomara.
Para os jovens adultos da comunidade universitária, o atendimento ocorre uma vez por semana e é voltado para estudantes de graduação e pós-graduação, técnicos administrativos, professores e trabalhadores terceirizados da UFOP. As crianças serão atendidas em turmas definidas de acordo com as necessidades e o espaço disponível.
Parcerias e expansão do projeto
Para sua execução, o projeto conta com parcerias com a Fundação Gorceix e a Prefeitura de Ouro Preto. “Apresentamos o projeto tanto para a Secretaria de Educação quanto para a Secretaria de Saúde, pois percebemos que há uma demanda muito grande nessas áreas. A Secretaria de Educação, por exemplo, tem muitas crianças assistidas por monitores dentro da escola, e isso já nos sinaliza se essas crianças estão sendo ou não atendidas em alguma outra prática de terapia para melhorar a qualidade de vida delas e de suas famílias”, explica Siomara.
A expectativa é ampliar o número de vagas, que inicialmente será de 40 crianças, podendo chegar a 80 com a contratação de monitores e estagiários pela Secretaria de Educação. Para os jovens adultos, o espaço comporta entre 10 e 15 participantes por horário.
Inscrições para o Mini-Movers
O projeto Mini-Movers, vinculado ao Laboratório de Metodologia do Ensino dos Esportes e da Saúde (LAMEES), está com inscrições abertas até o dia 20 de fevereiro de 2025. As atividades são voltadas para crianças e adolescentes de 4 a 12 anos com deficiências e/ou transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e Transtorno Dismórfico Corporal TDC ou Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) e outros.
As inscrições podem ser feitas pelo site da Escola de Educação Física da UFOP (eefufop.ufop.br) ou presencialmente na secretaria, de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h. As atividades ocorrem às segundas e quartas-feiras, nos turnos da manhã e da tarde, com duração de 30 minutos por sessão.
