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Beatriz Azevedo e Zélia Duncan fazem show inédito em Ouro Preto e Mariana

Beatriz Azevedo e Zélia Duncan fazem show inédito em Ouro Preto e Mariana

Apresentações gratuitas acontecem em 18 e 19 de agosto; show foi gravado originalmente no Lincoln Center, em Nova York

Ouro Preto e Mariana recebem, nos dias 18 e 19 de agosto, o encerramento dos projetos AntroPOPhagia e Roteiro das Minas, que, desde o início do ano, vêm debatendo o Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade, nas cidades barrocas, com uma série de ações multiculturais. O fechamento acontecerá com a apresentação do show antroPOPfagia, com participação de Beatriz Azevedo e Zélia Duncan. Elas se apresentam gratuitamente no dia 18 de agosto, às 21h, no Largo do Rosário, em Ouro Preto; e no dia 19 de agosto, às 21h, na Praça Minas Gerais, em Mariana.

Originalmente gravado no Lincoln Center, em Nova York, o disco antropofagia traz composições musicais de Beatriz Azevedo em arranjos antropofágicos, devorando o jazz, a música brasileira, o afrobeat, o jongo, e diversos outros ritmos. Em Mariana e Ouro Preto serão apresentadas, ainda, músicas compostas em parceria pelas duas artistas e composições inéditas de Beatriz Azevedo.

A apresentação também terá um viés contestador. Durante o show, serão feitas projeções, abordando perspectivas históricas da antropofagia, referências sobre o contato dos portugueses com os índios e menção a temáticas atuais, como o compartilhamento digital e a defesa de uma filosofia do matriarcado.
A banda que acompanha as artistas é composta por Domenico Lancellotti na bateria (Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil etc.) Antônio Guerra nos teclados (Mart’nalia, Martinho da Vila etc.), Marcos Campello na guitarra (Ava Rocha, Negro Leo etc.) e Angelo Ursini nos sopros.

Curadora dos projetos Roteiro das Minas e AntroPOPfagia, Beatriz Azevedo é também parceira de artistas como o poeta Augusto de Campos, Cristóvão Bastos, Hilda Hilst, Oswald de Andrade, Raul Bopp, Vinicius Cantuária e Zélia Duncan. Suas composições já foram gravadas por nomes como Adriana Calcanhotto, Celso Sim, Tom Zé, Vinicius Cantuária, Zé Celso, entre outros.

Os projetos AntroPOPfagia e Roteiro das Minas são realizados pela Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Estética e Filosofia da Arte da UFOP e secretarias de Patrimônio de Mariana e Ouro Preto e patrocínio da Cemig, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

O disco, lançamento da gravadora Biscoito Fino, será vendido durante os shows. beatrizazevedo.com/album/antropophagia

A artista

Beatriz Azevedo é poeta, escritora, cantora, performer e diretora. Uma multiartista brasileira. Mestre em Literatura Comparada pela USP (FFLCH) e Doutora em Artes da Cena pela UNICAMP (Instituto de Artes). Estudou música no Mannes College of Music / Jazz and Contemporary Music Program, em Nova York, e dramaturgia na Sala Beckett em Barcelona. Recebeu a Bolsa Virtuose para Artistas, do Ministério da Cultura.

Publicou, em 2016, o livro “Antropofagia Palimpsesto Selvagem”. O volume, um dos últimos a serem lançados pela editora Cosac Naify, contém ilustrações do artista plástico Tunga e prefácio de Eduardo Viveiros de Castro, que descreve a obra como “a primeira leitura realmente microscópica do Manifesto Antropófago”. A editora Cosac Naify publicou em 2016 seu livro Antropofagia Palimpsesto Selvagem, com prefácio de Eduardo Viveiros de Castro e desenhos do artista Tunga.

Beatriz Azevedo integra a antologia de poesia contemporânea Garganta, em livro e disco LP, reunindo autores como Alice Sant’Anna, Angélica Freitas, Ana Martins Marques, Bruna Beber, Fabricio Corsaletti, Fabiano Calixto, Gregório Duvivier, Mariano Marovatto, Omar Salomão, Sergio Cohn, e vários outros. É autora dos livros de poesia Idade da Pedra (Iluminuras) e Peripatético (Iluminuras), além de diversos textos teatrais; traduziu os autores franceses Bernard-Marie Koltés e Jean Genet.

A convite do Lincoln Center, de Nova York, criou o espetáculo antroPOPhagia, apresentado no Walter Reade Theater. O show gravado ao vivo tornou-se depois o disco antroPOPhagia ao vivo em Nova York, lançado pela Biscoito Fino, no Brasil, e pela gravadora Discmedi, na Europa, em 2015.

Em 2016 assinou curadoria e direção artística do Museu de Congonhas (MG), museu inaugurado pelo IPHAN no Brasil. Recebeu o Prêmio de Mídia Livre pela criação do website antropofagia.com.br. Em 2017 assinou a curadoria dos projetos Antropofagias e Roteiro das Minas, em Mariana e Ouro Preto, na Casa da Ópera, o teatro mais antigo das Américas.

Ambas as apresentações, em Ouro Preto e Mariana, são gratuitas e têm classificação livre.

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