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25 anos da Orquestra Ouro Preto: um patrimônio mineiro, nacional e mundial

25 anos da Orquestra Ouro Preto: um patrimônio mineiro, nacional e mundial

Imagem: Marcos Delamore     

Por: Marcos Delamore

A Orquestra Ouro Preto completa 25 anos de trajetória e, em celebração a esse marco, fará uma temporada comemorativa, com um ano repleto de surpresas e encontros musicais. O anúncio desses concertos foi realizado pelo grupo nesta segunda-feira (17), e a programação reflete o legado, a história e o papel de vanguarda da Orquestra para o cenário musical brasileiro.

Referência nacional e internacional, a Orquestra iniciou o calendário de eventos deste ano com uma turnê internacional, que percorreu seis países da Europa, destacando a excelência e a versatilidade musical. O Maestro Rodrigo Toffolo, regente titular e diretor artístico da Orquestra, ressaltou a trajetória e o incentivo para novos repertórios nacionais. “A gente conseguiu deixar um legado e uma referência em várias atividades. A Orquestra deixou uma inspiração para outros grupos poderem ver soluções de como se fazer uma orquestra”, afirmou.

A valorização da música brasileira e o resgate de momentos memoráveis para a sua identidade singular compõem o 18º álbum do grupo, que será lançado e disponibilizado nas plataformas digitais, no dia 21 de março. O disco “Orquestra Ouro Preto: Villa-Lobos, Piazzolla e Mehmari”, apresenta uma interpretação sofisticada e emocionante de obras de compositores importantes para a música latino-americana. Uma das criações inéditas do álbum é “Canções para as Estações”, de Mehmari, que teve como inspiração os sonetos de Vivaldi, em “As Quatro Estações”. Esse momento unifica as composições e as paixões do compositor brasileiro, acompanhado da técnica da Orquestra Ouro Preto.

Uma das surpresas da temporada da formação mineira é a adaptação de um dos sucessos da literatura brasileira para os palcos: Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva. A obra, que combina humor e reflexão, será apresentada, de forma inédita, no dia 14 de junho, em Copacabana, no Rio de Janeiro. O Estado de Minas Gerais também receberá uma temporada de concertos, no qual a produção chega a Belo Horizonte. O espetáculo dispõe de parceria e composição musical de Tim Rescala.

Marcelo Rubens Paiva, autor de Feliz Ano Velho e Ainda Estou Aqui, comemorou o projeto. “A vida surpreende a gente a cada dia. Muito obrigado!”, expressou.

O regente Rodrigo Toffolo contou sobre a adaptação do livro. “Tem tanta coisa no livro que pode ser contada e falada. Assim, essa história vai ganhar a nossa versão de ópera. É muito importante ver os clássicos da literatura brasileira indo para o cenário de ópera e teatro”, destacou.

A celebração dos 25 anos da Orquestra contou com a presença marcante de Rufo Herrera, compositor e bandoneonista argentino, de 92 anos. Herrera foi o responsável pelo primeiro arranjo musical do grupo. A Casa da Ópera de Ouro Preto foi o palco em que o cofundador tocou, em conjunto com a Orquestra, a primeira música da formação. A Série Domingos Clássicos, da qual o espetáculo faz parte, completa 10 anos e é uma marca da música feita em Minas Gerais.

A Orquestra

A Orquestra Ouro Preto foi fundada em 2000 e se consagrou como uma das formações mais inovadoras e consistentes do país. Com o passar dos anos, rompeu barreiras, venceu dificuldades e transformou o cenário nacional de música ao reunir a tradição da música de concerto com inovações nas abordagens artísticas.

 A versatilidade e a excelência musical fazem com que o grupo do interior de Minas Gerais se torne uma organização incentivadora da cultura nacional. Das areias da praia às casas de óperas, das obras clássicas e eruditas ao rock, a Orquestra Ouro Preto é reconhecida mundo afora durante os vinte e cinco anos de sua trajetória.

Parte da paisagem artística e cultural de Ouro Preto, a Orquestra reforça o compromisso patrimonial, a responsabilidade social e formação, visa o acesso e democratização à arte, e originalidade e ineditismo são os signos que compreende o repertório do grupo. O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV), mencionou a empolgação e a alegria com a trajetória da Orquestra. “Eu tenho alegria de ter acompanhado esse percurso e poder dar testemunho de uma trajetória brilhante, que hoje ultrapassou todas as montanhas de Minas Gerais e percorrem vários países do mundo, sempre trazendo aplausos e referências muito significativas e empolgantes para nós”, declarou.

Grandes encontros pelo Brasil

As comemorações dos 25 anos da Orquestra Ouro Preto estão apenas começando. Ao longo da temporada, todo o país receberá concertos e apresentações do grupo. Os estados do Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Amazonas já estão confirmados na agenda da formação. Além disso, Minas Gerais será presenteada com uma programação especial. Uma turnê promete movimentar o interior e a capital do estado, com o espetáculo Lendas do Rock, em que são orquestrados os clássicos de Guns N’ Roses, Led Zeppelin, Metallica e muito mais.

O trabalho desempenhado pela Orquestra rendeu inúmeras conquistas, indicações a prêmios e quase 20 discos lançados, configurando-a em um expoente da música brasileira. Para Rodrigo Toffolo,  “2025 será um ano de muita diversidade, versatilidade e excelência no trabalho da Orquestra Ouro Preto”, revelou.

O primeiro concerto da Série Domingos Clássicos acontece no dia 23 de março, às 11h, no Sesc Palladium, em Belo Horizonte. Esse momento é uma a Rufo Herrera e terá a participação do Quinteto Tempos.   

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