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Samarco discute retorno de atividades em audiências públicas

Samarco discute retorno de atividades em audiências públicas

Após dois anos de paralisadas as atividades na Mina de Germano, uma série de audiências públicas foram promovidas para discutir o Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) da Samarco em Mariana, essencial para a retomada da operação. Os encontros, que aconteceram respectivamente em Matipó (6), Mariana (7) e Ouro Preto (11) contaram com grande participação popular e diversas entidades, que ressaltaram a importância da atividade minerária para a região que está inserida.

Durante os encontros foram apresentados os resultados do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA) e o (RIMA), respectivamente, que indicaram a viabilidade de retomada das operações. O relatório é um documento que apresenta em detalhes os resultados dos estudos técnicos e científicos de um empreendimento e o impacto que o mesmo pode causar. Os balanços já foram protocolados na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (SEMAD), e apresenta previsão de retomada gradual das atividades da empresa, com expectativa inicialmente de capacidade produtiva de 26%.

O gerente geral de Meio Ambiente e Licenciamento da Samarco, Márcio Perdigão, ressaltou o empenho da mineradora em retomar os trabalhos e também da priorização de mão de obra local. “O retorno das operações da Samarco é viável, seguro e legítimo. Em nenhum momento a Samarco fugiu das suas obrigações e das reparações. Nós temos uma história de 40 anos, nós não vamos rasgar essa história. Continuaremos priorizando a mão de obra local. As nossas palavras são nosso compromisso”, garantiu Márcio.

A crise socioeconômica, o alto índice de desemprego que ultrapassa a média nacional e o impacto da inatividade da Samarco que atinge todos os munícipes foi abordado na reunião. Os presentes defenderam a importância da retomada das atividades para economia local.

Em números

De acordo com estudos da empresa Tendências Consultoria Integrada, 20 mil postos de trabalhos diretos e indiretos estão ameaçados caso a paralisação das atividades continue.

Até antes do rompimento da barragem de Fundão, a receita da Samarco era de 5,8 do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo e 1,5% do PIB de Minas Gerais.

Já a soma das perdas acumuladas em 2017 e 2018 com a paralisação somam R$11,9 bilhões.

Esperança de retomada

Na tarde da segunda-feira (11), a mineradora Samarco conseguiu a primeira licença ambiental para retorno das atividades. A licença, concedida por conselheiros que integram o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), teve 11 votos favoráveis e 1 negativo e se refere as licenças prévia (LP) e de instalação (LI) do sistema de disposição de rejeito, Cava de Alegria Sul.

A mineradora ressaltou que com a licença, a empresa está autorizada a ampliar e adaptar a Cava Alegria Sul, “porém para o retorno efetivo da atividade mineradora ainda é necessário que a empresa consiga outras licenças, como a de operação da cava e o Licenciamento Operacional Corretivo (Loc) do Complexo de Germano”.

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