A Polícia encontrou e apreendeu em Mariana, na sexta-feira (27) armamento de fogo e munições na residência do advogado, ex-secretário de Planejamento em Mariana na gestão Terezinha Ramos, presidente do PC do B de Mariana, procurador do Sindicato dos Servidores Municipais de Mariana (Sindserv) membro da Comissão de História da OAB-MG e ativista das redes sociais, Rodrigo Luiz Melo Franco Gomes de Almeida. O responsável pelas armas fugiu da justiça após expedição da ordem de prisão. Rodrigo Almeida, como é mais conhecido na região, também já foi candidato a deputado estadual.
Segundo informações da rádio Itatiaia, há uma grande mobilização em Mariana e Ouro Preto para encontrar o advogado. O decreto de prisão ainda está vigente e tanto os policiais da região, como a polícia federal, estão buscando o foragido em rodoviárias e aeroportos.
Até o momento, a polícia não repassou informações atualizadas sobre a prisão e/ou paradeiro do fugitivo.
Condenação na justiça e campanha caluniosa
Como informado em matéria do jornal O LIBERAL, em março de 2014, Rodrigo Almeida não é estranho a problemas com a justiça. O advogado foi condenado a 7 anos de prisão, após golpe contra idosa já falecida, Lois Geraldine Kanigan. A intenção seria roubar imóvel de propriedade desta em Ouro Preto, mediante forja de documentos.
Após a condenação, Rodrigo Almeida voltou suas atenções em postagens nas redes sociais, referenciando a juíza responsável pela sua condenação na justiça, Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque e Silva. Concomitantemente, postagens realizadas por perfis falsos, atacando a magistrada, emergiram abundantes em comunidades regionais nas mesmas redes.
Segundo manifestação do serventuário Ricardo Campos de Almeida, da Justiça de Ouro Preto, publicada pelo jornal Voz Ativa, o responsável pelas postagens (cujo nome não foi citado diretamente por Ricardo) “foi (pessoa) CONDENADA JUDICIALMENTE por crime praticado contra a idosa Lois Geraldine Kanigan, salientando que a sentença proferida em primeira instância foi devidamente confirmada pelo TJMG, à unanimidade, restando tão somente o trânsito em julgado da decisão para que o “cidadão” condenado seja devidamente encarcerado e venha cumprir a pena imposta pelo Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais. (…)
Referido “cidadão”, após ter sido indiciado, denunciado, processado e devidamente condenado, passou a tentar denegrir de forma covarde e cruel a Magistrada, Serventuários da Justiça, membros do Ministério Público, Policiais Civis e Militares, além de Agentes do Sistema Prisional, posto que sabedor que são tais pessoas que cumprirão a decisão judicial na íntegra, conforme preceitua a legislação vigente. Passou o “cidadão” a atacar e a tentar denegrir a imagem de todos, e em especial a da Magistrada e a minha, posto que servidor efetivo e que exerce sua função sob o comando direto da Magistrada há vários anos”.
Amagis se manifesta contra campanha caluniosa
Ainda com relação às calúnias proferidas contra os membros do judiciário de Ouro Preto e em especial à juíza Lúcia de Fátima, a Amagis (Associação dos Magistrados Mineiros) soltou comunicado onde afirma que “repudia, veementemente, a caluniosa campanha, pelas redes sociais, contra a honrada juíza de Ouro Preto, Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque e Silva. Por meio de perfis falsos e notas mentirosas e ofensivas, pessoas recorrem ao anonimato na internet para desrespeitar e atacar a honra, a dignidade, a moral e a reputação de quem se dedica, diuturnamente, a fazer e distribuir justiça. A juíza Lúcia de Fátima é exemplo de magistrada dedicada e cumpridora da Constituição e das leis. Não há, nunca houve, em sua trajetória profissional, quaisquer atos que desabonem sua conduta”. A nota da Amagis não faz alusão direta ao advogado Rodrigo Almeida.
