Reassentamentos de Bento Rodrigues (Na foto) e Paracatu recebem o projeto neste final de semana. Imagem: Amanda de Paula Almeida
Por: Amanda de Paula Almeida
As comunidades de Paracatu e Novo Bento Rodrigues, em Minas Gerais, receberão nos dias 31 de maio e 1º de junho a primeira edição do projeto Cinema e Memória. A iniciativa combina exibições de filmes, atividades culturais e valorização da memória coletiva, com o objetivo de fortalecer os vínculos comunitários por meio da arte e da cultura popular. Todos os eventos terão entrada gratuita.
Realizado pela Mezcla Cultural em parceria com a Hiperativa Empreendimentos Criativos, o projeto conta com o apoio da Reparação da Bacia do Rio Doce e da Unesco. Em Paracatu, recebe ainda o apoio local da Folia de Reis de Paracatu de Baixo.
Programação
Em Paracatu, as atividades começam no sábado (31/05), a partir das 18h, em frente à Casa da Folia de Reis. A programação inclui o Recanto da Memória, com barracas de comidas típicas, cabine de fotos e distribuição de brindes; um bate-papo sobre musicalidade e fé com alunos do curso de violão apoiado pela Unesco; a sessão do Cine Carretinha, que exibirá curtas-metragens brasileiros sobre cultura popular e infância; e se encerra com uma Roda de Viola, tradição local que promove a integração comunitária.
No domingo (01/06), é a vez de Novo Bento Rodrigues receber o projeto. A partir das 17h, na Praça do Encontro, acontecerá novamente o Recanto da Memória, seguido por uma conversa com as criadoras do podcast Viva Bento Rodrigues sobre memória oral. A programação inclui outra sessão do Cine Carretinha com curtas-metragens nacionais e se encerra com a 3ª edição da Seresta Novo Bento ao Luar.
Entre os filmes selecionados estão “A Luta” (Bruno Bennec), que retrata a história de dois garotos mineiros em 1938; “Sacis” (do mesmo diretor), uma homenagem ao cinema infantil brasileiro; e “A vida é coisa que segue” (Bruna Schelb), que mostra as travessuras de um menino em Cataguases.
O Cine Carretinha, estrutura itinerante que leva cinema ao ar livre, simboliza o resgate dos espaços públicos como locais de convivência e afeto. A iniciativa integra o programa Abrindo Espaços da Unesco, que desenvolve ações culturais em comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão.
Iniciativa valoriza cultura das comunidades reassentadas. Imagem: Amanda de Paula Almeida
