Reportagem: Gabriel Ferreira
Nessa semana, o Ministério Público Federal recorreu a sentença de absolvição da Samarco, Vale, BHP e outros envolvidos da responsabilidade do rompimento da Barragem de Fundão, ocorrido em 2015.
O procurador da República Eduardo Henrique de Almeida Aguiar, assinou o recurso que alega que crimes ambientais como o rompimento da barragem, não acontecem pela conduta de apenas uma pessoa, mas na verdade pela atuação de toda uma estrutura organizacional. Esse recurso questiona a decisão de absolvição por falta de provas que comprovem condutas individuais que contribuíram para a tragédia, da juíza federal Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho.
Na visão do procurador, O MPF comprovou que justamente as omissões dos acusados aumentaram o risco de operação da barragem. A falta de estudos de suscetibilidade à liquefação, trincas ignoradas, não retificação do eixo de um dos diques da barragem, entre muitas outras são algumas das ações que corroboraram para o desastre. Ao todo, são 22 pontos alegados pelo recurso demonstrariam a omissão dos réus.
Com isso, o MPF espera a condenação de todos os réus, sendo eles as mineradoras, a consultoria VogBR e os executivos e técnicos julgados.