Governador Anastasia e Prefeito Bambu reprovam manifestações da educação durante as comemorações
A solenidade cívica e cultural que celebrou o dia da primeira vila, cidade e capital de Minas Gerais, no último dia 16, quando se transferiu simbolicamente a capital de Minas para Mariana também foi palco de manifestações dos Integrantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute), os quais foram proibidos de adentrar a Praça Minas Gerais. Eles aproveitaram a participação do governador Antônio Anastasia e de lideranças políticas para reivindicarem melhorias na educação. “Nosso objetivo é dar visibilidade ao movimento e mostrar que o governo descumpre a lei nacional ao não conceder o piso salarial nacional ao educador do Estado”, afirma Sandra Bittencourt, uma das líderes do ato.
Durante a comemoração, o governador de Minas comentou as negociações com os servidores e “condenou os radicalismos”. “Como informamos recentemente para a direção do sindicato, nós temos limites em conceder reajustes. Estamos fazendo tudo de acordo com aquilo que é possível e, claro, sempre contanto com o bom senso, porque com radicalismo é muito difícil de conversar. Mas estamos discutindo de maneira muito clara, como sempre, com muita tranqüilidade e serenidade, aliás, como os sinos aqui nos inspiram e como a tradição de Minas também nos recomenda”, afirmou.
A restrição à solenidade foi novamente alvo de queixas, a exemplo da aposentada Antônia Gonçalves dos Reis, moradora do São Cristovão que foi barrada pela Tropa de Choque da Polícia Militar. “É um absurdo, um verdadeiro desrespeito ao povo de Mariana”, afirma. “Todos os anos é a mesma situação, uma festa cívica sem a presença das pessoas que aqui moram”, diz Maria do Carmo Gonçalves, de Passagem de Mariana. O prefeito interino de Mariana, Geraldo Sales de Souza, o Bambu, defendeu o controle no acesso à praça, atualmente determinado pelo governo do Estado. “Eu reconheço a preocupação do governador com a segurança, haja vista os abusos cometidos por alguns professores em greve, como pudemos observar hoje na Praça Minas Gerais. Somos respeitosos com direitos legítimos de greve, mas não podemos admitir os maus exemplos”, ressalta o prefeito. Já integrantes do “Movimento Mariana Viva” aproveitaram a ocasião para demonstrarem a insatisfação dos marianenses com a iminente reativação da Mina Del Rey pela Vale.