Atendendo ao requerimento do vereador José Jarbas (PTB), a Câmara recebeu ontem, dia 5, representantes da Cooperativa dos Produtores de Leite de Mariana (CPLM) e do Executivo para discutir a situação da Fábrica de Laticínios.
O laticínio, inaugurado em 2014, foi resultado de investimento de R$ 8 milhões da Prefeitura e tinha como objetivo a industrialização da produção leiteira e o incentivo do desenvolvimento pecuário na região.
A unidade administrada pela CPLM, através de concessão, enfrenta atualmente uma série de questões que impedem o seu funcionamento. O Conselheiro Fiscal da Cooperativa, José Paulo Barcelos, apontou que o capital de giro que a CPLM tinha no momento inicial de produção teve que ser aplicado na manutenção do maquinário do laticínio que, embora novo na época, estragou com pouco tempo de uso. Outro fator que impediu o funcionamento pleno da unidade foi a fábrica ter sido entregue aos cooperados sem a estação de tratamento de esgoto e gerador. Os únicos produtos que a Cooperativa conseguiu desenvolver foram leite ensacado e iogurte, de acordo com os representantes da CPLM.
O parque industrial, localizado próximo ao distrito de Padre Viegas, foi montado com capacidade de produzir leite, manteiga, queijos, doce de leite, requeijão, iogurtes e outras bebidas lácteas e poderia atingir a capacidade de processar 60 mil litros de leite ao dia. A secretária de Desenvolvimento Rural, Marcela Cota, relatou que o Executivo está fazendo uma análise do processo solicitado pela Cooperativa de repasse de verba para que a unidade volte a operar, além de firmar uma parceria com a Fundação Renova para que o laticínio seja reestruturado.
Para o presidente da Cooperativa, Igor Perez, o trabalho agora é reconquistar a credibilidade dos produtores da região. “Diante de tantos problemas que tivemos, o principal desafio é resgatar os produtores e fazer com que eles participem da Cooperativa para que o laticínio volte a funcionar”, afirmou Perez.
O vereador José Jarbas propôs que uma nova reunião entre os presentes e a Renova seja realizada no prazo de 15 dias, para que um plano de ações seja definido em defesa da retomada do laticínio.