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Mariana
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Esquistossomose, o desprazer das águas

Esquistossomose, o desprazer das águas

Tão grande quanto o prazer de nadar nas águas de uma cachoeira é o risco de se contrair a parasitose causada pelo verme Schistossoma mansoni, a Esquistossomose. Desta forma, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Departamento de Epidemiologia e Zoonoses, traz de volta o Programa de Controle a Esquistossomose (PCE), a fim de diagnosticar, atender e conscientizar a população sobre os perigos da doença.

A doença é transmitida por caramujos ou caracóis infectados pelo verme que irão liberar a larva cercária, em rios, lagos, cachoeiras e etc. A cercaria penetra na pele sem que o indivíduo perceba, ocasionando uma vermelhidão no local, que dura alguns dias. Após a contaminação, as larvas começam a se disseminar pelo sangue, se transformando em verme adulto que irá comprometer o fígado, baço, etc., podendo surgir febre, mal-estar, tosse, dores abdominais, diarréia, tontura, fraqueza, entre outros sintomas.

Para diagnosticar a Esquistossomose o primeiro passo é a abordagem em localidades de risco que contenham coleções hídricas como: rios, lagos, cachoeiras e demais. Assim, o PCE já trabalhou, em 2010, nos bairros Santa Rita de Cássia, Santo Antônio e São Cristóvão. Neste ano, os fiscais estão atuando, inicialmente, no bairro da Cartuxa. A visita consiste em uma breve explicação da doença e na distribuição de frascos para a coleta das fezes de todos os moradores de cada residência. No dia seguinte, os agentes voltam às casas já visitadas para recolherem as amostras para análise.

Pode-se ressaltar a extrema importância do exame parasitológico de fezes uma vez que, através dele, é possível diagnosticar a presença de ovos. Se confirmada a presença, o paciente é informado e marca-se uma consulta, o quanto antes possível. O trabalho dos agentes epidemiológicos auxilia, não só no tratamento dos infectados, como também na erradicação da doença na área endêmica trabalhada. “Para o sucesso da vigilância e do controle da Esquistossomose, as medidas preventivas devem ser aplicadas de maneira integrada, desde o prévio diagnóstico e do tratamento dos pacientes, passando pela pesquisa e controle dos hospedeiros intermediários (caracóis e caramujos), até ações educativas em saúde para populações em risco. Também são de extrema importância as ações de saneamento, visando à modificação dos fatores ambientais favoráveis à transmissão e manutenção da doença”, afirma Ana Vitória, coordenadora de Vigilância em Saúde.

O Departamento de Epidemiologia e Zoonoses também está trabalhando na vertente da conscientização. No próximo dia 12, sábado, será ministrada uma palestra a respeito da Esquistossomose, por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde e Educadores em Saúde do Município, sobre seus perigos e suas prevenções. O evento será na UNIPAC, no bairro São Cristóvão, às 9h. Para mais informações, o telefone do Departamento é 3558-2653.

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