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Celso Cota e Juliano Duarte falam, em coletiva, sobre o Acordo de Mariana

Celso Cota e Juliano Duarte falam, em coletiva, sobre o Acordo de Mariana

Imagem: Gabriel Ferreira

Reportagem: Gabriel Ferreira

Nesta quinta-feira (21), o atual prefeito Celso Cota, e o prefeito eleito, Juliano Duarte realizaram uma coletiva de imprensa para falar sobre a repactuação e os desdobramentos do Acordo de Mariana. A reunião aconteceu às 10h, na Casa do Empreendedor.

Celso e Juliano demonstraram insatisfação com a atual situação do acordo, alegando que o valor proposto não condiz com as necessidades do município, que sofre até hoje com as consequências do rompimento da Barragem de Fundão, em 2015. Ambos detalharam que a proposta feita promete o pagamento de 1,2 bilhões de reais em parcelas, ao longo 20 anos, além de mais R$1 bi destinados para a área da saúde.

Além disso, eles enfatizam que o acordo proposto frusta a expectativa do executivo, que buscará o aumento do valor e a diminuição do número de parcelas. Eles destacam que com a homologação do acordo, surge o momento de rever as condições, tendo uma janela de oportunidades através de conversas com as mineradoras. Outra reclamação por parte de ambos foi a falta de diálogo com os municípios afetados. Celso diz reconhecer os avanços no papel, mas não enxerga o avanço na prática e, que apesar de haver aspectos interessantes no acordo, ainda há muitos questionamentos pendentes.

Em sua fala, Juliano Duarte aproveitou também para destacar a “transição de governo responsável e consciente” que está sendo realizada nesta reta final de mandato de Celso Cota, especialmente na questão do acordo. Ele enfatiza que o diálogo entre os prefeitos visa atender apenas ao interesse público, o que significa que o acordo só será assinado pelo município quando todas as condições estiverem de acordo com o esperado, seja na gestão de Celso ou de Juliano.

O futuro prefeito de Mariana também comentou sobre a dificuldade de diálogo com a Fundação Renova, e pontuou que dos ditos R$170 bilhões que já foram e serão investidos pela organização, apenas 4% seriam repassados para Mariana. Juliano diz que vai procurar realizar novas reuniões com as mineradoras e que também acompanha de perto a ação que está sendo movida na justiça inglesa.

Ambos têm a expectativa de ainda serem ouvidos e acreditam que o diálogo é a melhor ferramenta nesse processo de renegociação do acordo proposto. Através de projetos apresentados para as mineradoras, eles esperam que as mesmas entendam as necessidades e também as vantagens para as próprias, levando em consideração o impacto causado por elas que “deve ser compensado com investimentos no município”.

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