O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, participou de audiência pública que debateu o projeto de depósito de rejeitos da mineradora Samarco. Realizado na Arena Mariana, o encontro reuniu mais de duas mil pessoas, além de representantes da empresa, do Ministério Público e de órgãos ligados ao meio ambiente.
O novo sistema proposto pela empresa deve aproveitar a cava de Alegria Sul, que é em Ouro Preto, mas faz parte do Complexo de Germano, onde ficava a barragem de Fundão. A cava é um buraco de onde já foi extraído minério. Ao lado dela, a proposta é construir um dique de dez metros de altura. A capacidade é de receber cerca de 17 milhões de metros cúbicos de rejeitos, o suficiente para dois anos de operação da empresa.
Segundo a Samarco, o novo sistema seria seguro. “Uma estrutura de cava natural, formada por rochas no terreno, então não existe possibilidade de ruptura neste tipo de estrutura”, disse o gerente-geral de Estratégia, Gestão e Informação da Samarco, Alexandre de Andrade Souto.
Para o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, o retorno das atividades é extremamente importante para o desenvolvimento da cidade. “A empresa ela é responsável pela tragédia. Ela não pode, de forma alguma, ser vista como vítima. Mas, a partir daí, a gente precisa colocar um ponto e entender também que o retorno da empresa para nós, marianenses, representa aquecer a nossa economia, que os cofres públicos vão poder manter os serviços essenciais e que, hoje, a mineração ainda é muito importante para o município”, disse.