Prefeitura realizou sobrevoo de drones para combater a dengue – Imagem: Divulgação Prefeitura Itabirito
Por: Victória Oliveira
Na última segunda-feira (19), a prefeitura de Itabirito, através da Secretaria Municipal de Saúde, realizou mais um mutirão de limpeza contra a dengue, passando pelos bairros São José, Floresta, Veneza e Monte Verde.
A ação consiste no recolhimento de latas, garrafas, embalagens de plástico, pneus, entulhos e outros objetos que acumulam água, que devem ser separados pelos moradores e colocados para fora de casa, nas calçadas, antes das 8h.
Esse não foi o primeiro mutirão do ano. No dia 10 de fevereiro, uma ação com as mesmas características já havia acontecido nos bairros Vila Gonçalo, Tombadouro, João Carolino e Novo Horizonte. Segundo balanço da prefeitura, no ano passado 21 mutirões foram realizados atendendo a 34 bairros, chegando a 661 caminhões de material recolhidos. Ainda não há divulgação da próxima data.
Uso de drones para combate
Ainda de acordo com a prefeitura, as visitas dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) às residências também continuam no mês de fevereiro. A novidade, entretanto, está no uso da tecnologia como aliada no combate ao mosquito Aedes aegypti. Na semana passada foi realizado um sobrevoo com drone para identificação de possíveis criadouros em 13 bairros da cidade indicados por estudos e apontados como potenciais áreas de risco para uma possível epidemia de dengue.
A empresa Aeroengenharia coordena a iniciativa por meio do projeto Tech Dengue, que utiliza drones equipados com inteligência artificial. Esses drones são programados para seguir coordenadas geográficas precisas, sobrevoam regiões específicas e identificam possíveis criadouros. Com essas informações, a equipe de Vigilância Ambiental pode agir de forma mais precisa no combate à dengue.
O primeiro sobrevoo de drone foi realizado em julho de 2024 e resultou na identificação de 489 potenciais criadouros do mosquito. Quatrocentos deles foram solucionados pelos agentes e os demais demandaram apoio e parceria com a Vigilância Sanitária. Até o fim de fevereiro, os ACEs já deverão atuar na eliminação dos possíveis criadouros do mosquito identificados durante o novo sobrevoo.
O projeto já teve eficácia comprovada por mais de 400 municípios em âmbito nacional. Segundo dados do projeto, mais de 150 mil hectares de área habitada já foram mapeados, mais de 100 mil possíveis criadouros identificados, mais de seis mil focos tratados e mais de 10 milhões de pessoas impactadas.