Imagem: Marcos Delamore / Marcos Delamore
A Câmara Municipal de Mariana cobrou providências contra os ataques de cães no município mineiro, após registros de agressões a moradores. O risco de novos casos pode se tornar pauta de saúde pública, o que teme o Legislativo.
O vereador Marcelo Macedo (PSDB) apresentou um relato de uma moradora que, no último fim de semana, foi atacada por um cachorro nas proximidades do Centro Histórico da cidade mineira. O parlamentar destacou ataques de animais em situação de rua e pertencentes a residências, mas que se encontram sem controle dos donos no momento das agressões. Ele defendeu que o Executivo fiscalize a situação, adote medidas de proteção e promova políticas públicas de conscientização contra o abandono de animais.
“Mais uma vez tivemos, nesse final de semana, uma pessoa que foi atacada por um cachorro. Temos que tomar providência. Eu pedi à comissão dos animais, e não é a primeira vez. Não somos contra animais, mas a gente tem que achar um caminho, construir isso juntos, para ver o que a gente pode fazer com relação a esses animais”, ressaltou Marcelo Macedo.
Outra moradora da cidade histórica revelou ter sido vítima de ataques de cães na rua Diamantina, no bairro Cabanas. A residente de Mariana expôs, em suas redes sociais, imagens dos ferimentos e demonstrou preocupação diante da situação no município.
“A minha preocupação é de que a situação piore, podendo acontecer com outros cidadãos que saem para trabalhar e levar seus filhos à escola. Eu não fui a primeira vítima e peço, gentilmente, às autoridades da cidade para tomar as providências cabíveis e não haja novas vítimas”, declarou a moradora.
Na mesma sessão, o vereador e integrante da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais, Pedro Sousa (PV), comentou sobre as reuniões realizadas com instituições de cuidado aos animais e ações desenvolvidas para controlar as investidas dos cães e para proteger os animais. O parlamentar reiterou a necessidade de ações efetivas de políticas municipais para animais em situação de rua, incluindo dados sobre castração, chipagem, abrigos, convênios, ocorrências de ataques e recursos destinados à causa nos últimos anos.
“Precisamos considerar que esses animais não estão lá porque querem, alguém os abandonou. Muito se fala sobre os cachorros na rua, que estão latindo ou perseguindo, mas pouco se fala sobre o tutor que abandonou. Conscientização sem política pública não tem como avançar”, disse o parlamentar.
Outro vereador que também se manifestou foi Ítalo de Majelinha (PSB). Ele alertou para o agravamento da situação e criticou a falta de responsabilização de tutores, que abandonam os animais. Além disso, defendeu a criação de iniciativas de conscientização.
“Se uma pessoa for atacada, nós, enquanto sociedade, falhamos em algum momento para que isso acontecesse. Precisamos entender isso com muita cautela e cobrar políticas públicas para resolver o problema, porque é ruim para todos: os animais, os defensores da causa animal, para a pessoa vítima de ataques. Ninguém está ganhando nessa situação, precisamos mudar a estratégia e melhorar”, manifestou Ítalo de Majelinha.
O debate reforçou o consenso entre os vereadores quanto à urgência de ações do Poder Executivo para conter os ataques, proteger os moradores e os animais, enfrentar o abandono e a superpopulação de animais nas ruas de Mariana.
